Macroestratégia Semanal

 | 27.12.2017 10:36

Iniciamos esta última semana útil de dezembro (e do ano) com os mercados tentando um rally de alta. Muitos acreditam que o Congresso em recesso tira um pouco o foco dos acontecimentos políticos no desempenho dos ativos, acalmando um pouco os investidores. Na bolsa de valores, a sensação é de alívio momentâneo, assim como no mercado de dólar. Nesta terça-feira, a Bovespa operou mais uma vez no positivo, no patamar de 75 mil pontos, e o dólar negociado em torno de R$ 3,31/3,32.

Para a agenda da semana atenção especial para as Sondagens da FGV, do Comércio, Indústria e Serviços. A do Consumidor, divulgada na semana passada, veio em queda de 0,5%, mostrando “alguma cautela” com o cenário político conturbado no País. Nesta terça-feira a pesquisa Focus mostrou o IPCA mais baixo, 2,78% neste ano e abaixo de 4% em 2018 (3,96%); a taxa de câmbio, ajustada a R$ 3,30 neste ano e R$ 3,32 em 2018; o PIB se aproximando de 1% neste ano (0,98%) e 2,68% em 2018 (contra 2,64% no anterior). Vejam mais nos comentários a seguir.

Devemos estar atentos também à PNAD Contínua e aos dados da Política Fiscal de novembro. Em outubro, ao fim do trimestre, a PNAD recuou a 12,2% da PEA, com 12,7 milhões de desocupados, representando queda de 586 mil contra o trimestre anterior. Neste final de ano, com a economia aquecendo, os serviços e o comércio devem melhorar. Esta maior oferta de vagas, no entanto, deve ocorrer mais entre os terceirizados, pelo lado da informalidade e de trabalhadores por iniciativa própria. Estejamos de olho também no IGP-M de dezembro, devendo fechar no mesmo patamar de novembro, em torno de 0,8% a 0,9%.

No mercado de Bitcoin (criptomoedas), depois do tombo da semana passada, quando a cotação chegou a cair 30% (a US$ 10.834 na sexta-feira), nesta segunda-feira o preço à vista deu uma reagida, subindo mais de 40%, a US$ 15.503. Muitos acreditam que o movimento de sell off da semana passada se explicaria pelo feriado de Natal, quando as pessoas aproveitaram para “realizar” e fazer as compras, com os ganhos da criptomoeda. Lembremos que há mais de uma semana, o Bitcoin foi negociado perto de US$ 20 mil. Ou seja, estamos lidando com um ativo extremamente volátil e especulativo. Toda atenção é pouca.

BALANÇO DO ANO: GANHOS E PERDAS

Até o final desta semana, esta quinta-feira, último dia útil bancário e de bolsa do ano (dia 28) estaremos fazendo um balanço sobre o que foi este tenso ano de 2017. A cada dia será um tema discutido. Nesta terça-feira falaremos sobre o desempenho da economia, do crescimento do PIB, dos setores industrial, varejista e de serviços. Todos registraram crescimentos erráticos, com “soluços” a cada escândalo político revelado.

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Tivemos alguns momentos de tensão neste ano, de paralisia na economia, como a partir de meados de maio, depois do desvendar da divulgação da JBS (SA:JBSS3) e nas duas votações de denúncias da PGR, na Câmara, contra o presidente Temer. Tivemos também momentos que acabaram dando um “gás” ao consumo e à produção, como na liberação do FGTS inativo e com a recuperação do mercado de trabalho e a inflação baixa, em franca desaceleração, resultando em algum ganho de renda real para as famílias.

Na atividade econômica, o ritmo foi fraco, meio cambaleante até, com uma recuperação fraca e sobressaltada pela crise política quase permanente. Veio com crescimentos mensais e trimestrais em torno de 0,1% a 0,2%, não sendo surpresa se passar de 1% anuais ao fim deste ano. Muito deste crescimento foi possível pela injeção de renda para o consumo das famílias, que reduziram um pouco suas dívidas.

Já os investimentos acabaram meio parados, com muitos adiando seus projetos em decorrência das incertezas políticas. Nestas, cabe salientar a agenda de reformas, cada vez mais difíceis com a proximidade das eleições, estas sim o grande “catalizador” de decisões para 2018. Achamos que a economia possa crescer mais neste próximo ano, acima de 2,6%, podendo até passar de 3%, mas o resultado do pleito de novembro acabará tendo um efeito imediato sobre a economia nos próximos anos. Isso ajuda a explicar, inclusive, a curva de juro de longo prazo, ainda pressionada, dadas as incertezas políticas.

Nos dados de atividade, os Serviços seguem muito fracos, recuando 3,4% no ano, ainda abalados pela renda fraca e o alto desemprego; as vendas do varejo não devem crescer mais do que 1% e a produção industrial entre 1,5% a 2,0%. No ano, esta última cresce 1,9% e em 12 meses 1,5%. Boa parte deste desempenho deve ser creditado à produção de automóveis para exportação, em especial para o Mercosul e parte da Europa.

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