Dólar: Mais incertezas políticas levam a volatilidade no câmbio

 | 16.11.2022 06:00

Bom dia, mercado de câmbio! Muita coisa para analisar! Até porque no exterior tudo indica que as notícias seriam benéficas para o real, mas no Brasil…

Vamos aos fatores internos e externos que podem mexer com o câmbio hoje, refletindo acontecimentos de ontem, feriado por aqui. 

Internamente temos mais política “causando” no mercado. Como tenho dito a vocês, até que seja definido o Ministro da Fazenda e se haverá comprometimento fiscal no novo governo, seguimos no cenário de incertezas, e as falas de todos os influentes no mercado pesam e trazem volatilidade. 

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A equipe de transição de Lula tem discutido excluir do Orçamento de 2023 algumas despesas da regra do teto de gastos, que limita o crescimento das despesas à variação da inflação, sob o argumento de que a medida é necessária para implementar algumas promessas de campanha e abrir espaço para outras despesas consideradas urgentes. Mas, pelo menos pela fala de ontem, parece que Persio Arida, que faz parte da equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, disse ser contra excepcionalizar despesas como o Auxílio Brasil da regra do teto de gastos, argumentando que a sociedade brasileira já está suficientemente convencida da relevância do programa social, que pode ser absorvido anualmente pelo Orçamento.

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Promover gastos sociais sem mirar o equilíbrio fiscal acaba trazendo prejuízos aos mais pobres. O fiscal tem uma relação direta com a credibilidade do país, e existe um ponto de inflexão em que tentar mais em prol dos mais necessitados pode gerar resultados contrários ao desejado, colocando em risco a estabilidade financeira e a geração de empregos. Daí é tiro no pé, porque o resultado final é desemprego. E nosso país deve evitar um aumento desequilibrado de imposto. Sobrecarregar demais impostos em capital contribui para uma diminuição da produtividade. 

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Já no exterior, olhando para os EUA, os preços ao produtor subiram menos do que o esperado em outubro, enquanto os serviços recuaram pela primeira vez em quase dois anos, oferecendo mais evidências de que a inflação começa a diminuir, potencialmente permitindo que o Federal Reserve reduza seu ritmo agressivo de aumentos dos juros. O relatório do Departamento do Trabalho também mostrou um declínio no custo dos bens, excluindo alimentos e energia, refletindo melhora nas cadeias de suprimentos, assim como a desaceleração da demanda devido aos custos mais altos de empréstimo. Isso sustenta a visão de que uma desinflação de bens está em andamento, ajudando a conter a inflação. 

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O apetite ao risco ontem  foi alimentado por um relacionamento mais harmonioso entre EUA e China após a reunião entre os líderes dos dois países, Xi Jinping e Joe Biden. Além disso, os investidores esperam que o governo chinês aumente as medidas de estímulo e relaxe as restrições da COVID para apoiar a economia em dificuldades.

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Pelo mundo o que temos no radar da economia é incerteza. FMI disse no último domingo que os desafios que a economia global está enfrentando são imensos e o enfraquecimento dos indicadores econômicos apontam para mais desafios à frente. Motivos são: o aperto da política monetária desencadeada pela inflação alta e ampla, o fraco impulso de crescimento na China e interrupções contínuas no fornecimento e insegurança alimentar devido à invasão russa na Ucrânia. 

No último pregão por aqui, a moeda norte-americana à vista fechou cotada para venda a R$ 5,3026. 

Calendário de hoje no Brasil tem o índice de inflação IGP-10. Nos EUA sairão as vendas no varejo e produção industrial, além disso discurso de Christopher Waller, membro do Fed. Na Europa teremos discurso de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE). Na Inglaterra, audiências sobre relatórios de inflação.

Boa sorte, turma!

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