Melhor Carteira Recomendada de Maio Atenua Perdas do Ibovespa

 | 30.05.2018 19:54

A sequência de notícias negativas que derrubou o Ibovespa em maio pressionou fortemente os resultados das carteiras recomendadas para o mês. Todos os 23 portfólios acompanhados pelo Investing.com Brasil registraram prejuízo, que variou entre -5,8% e -14,2%.

A bolsa foi tomada por um sentimento negativo com o aumento do dólar e a aversão global a risco, que marcou a retirada de investimentos em países emergentes. Apesar da atuação mais decisiva do BC, a moeda terminou o mês com valorização de 6,66% aos R$ 3,74, maior alta desde setembro de 2015.

O cenário também fez o Copom surpreender e não baixar a Selic para os 6,25%, como era amplamente aguardado pelo mercado.

Na segunda metade do mês, a greve dos caminhoneiros derrubou as ações do varejo e de exportadores agrícolas ao travar as estradas para portos e o abastecimento de ração, combustível e alimento.

A maior decepção do mercado, contudo, foi a reação da Petrobras (SA:PETR4), que se dobrou à política e unilateralmente anunciou a redução dos preços do diesel. A percepção de que a política tomou conta da diretoria comandada pelo até então considerado independente Pedro Parente provocou um sell-off nas ações da petroleira.

Parente e agentes do governo tentaram minimizar a situação tentando descolar a decisão da empresa do Planalto, mas o estrago já estava feito. Os investidores, que levaram a ação à máxima de oito anos a R$ 27,54 em 17 de maio – embalados pela desalavancagem, política de preços, balanços e o anúncio de dividendos – fugiram do papel e impuseram perdas de 17,4% no mês, ou 31% de sua máxima.

O Ibovespa terminou o mês com perdas de 10,9% aos 76.753 pontos, com apenas 10 dos 67 papéis listados registrando ganhos.

h2 Spinelli contém perdas e lidera recomendações/h2

O tombo do mercado levou todas as 23 carteiras recomendadas acompanhadas pelo Investing.com Brasil ao terreno negativo em maio. Entre as recomendações, 15 conseguiram atenuar as perdas e ficaram acima dos -10,9% do Ibovespa, enquanto 8 cederam mais do que benchmarking.