Investing.com | 02.08.2021 12:42
Julho foi um bom mês para as ações americanas, mas a boa notícia teve suas nuances.
No topo da lista, o S&P 500 encerrou o mês de julho em alta de 2,28%, sua sexta valorização seguida. O índice Dow Jones Industrial subiu 1,25%, sua quinta valorização mensal nos sete meses de 2021, e o Nasdaq Composto ganhou 1,16%, seu sexto ganho mensal em sete meses desde que o índice repleto de ações de tecnologia caiu 1,5% em maio.
Até agora no ano (para a alegria dos investidores), S&P 500 (NYSE:SPY) acumula alta de 17%. O Dow (NYSE:DOW) sobe 14,1%, e o Nasdaq (NASDAQ:NDAQ), 13,9%. Números muito bons, em comparação com os resultados de 2019.
Mas, como dissemos, as boas notícias também apresentam nuances: basicamente, o rali iniciado no fim de março de 2020, quando os investidores apostaram que a Covid seria controlada, ainda está vigente. O S&P 500 já subiu mais de 100% desde o fundo daquele mês, com o Nasdaq disparando 121,3%. O Dow acumula alta de 92%.
Portanto, sim, julho parece confirmar que as ações terão um excelente ano em 2021. Além disso, tudo indica que a maior parte dos retornos está acima das expectativas em comparação com o ano passado. As empresas também estão elevando dividendos e recomprando ações.
E investidores ao redor do mundo querem participar da festa. Eles gastaram US$900 bilhões investindo em fundos mútuos e fundos com cotas negociadas em bolsa no primeiro semestre deste ano, segundo reportagem do Wall Street Journal.
h2 SPX registra 7 fechamentos recordes, mas incertezas também aumentam/h2O S&P 500 registrou sete fechamentos recordes no mês de julho, de acordo com a Standard & Poor's, mas o fim do mês viu algumas vendas modestas, com o surgimento de incertezas no cenário. Entre elas se destacam:
Não está claro se tais questões evoluirão a ponto de reverter o grande rali. Mas os investidores devem estar atentos à sua existência.
h2 Rali envelhecido, ações caras, lista mais enxuta de ganhadores/h2Já faz bastante tempo que diversas ações estão caras, principalmente as de tecnologia no índice Nasdaq 100, o que as faz ficar vulneráveis a rápidas pressões de venda diante de notícias ruins.
O maior problema segue sendo a covid-19 Mesmo assim, os investidores devem ficar atentos ao está ocorrendo.
Além disso, o rali está ficando envelhecido e depende dos ganhos de uma lista mais enxuta de ações, principalmente com capitalizações de mercado de US$1 trilhão ou mais, capazes de compensar o que está acontecendo em outras ações. Entre elas se destacam:
Esse grupo representa 22,3% do valor de mercado do S&P 500. Adicione à lista Tesla (NASDAQ:TSLA) (SA:TSLA34), Berkshire Hathaway (NYSE:BRKa) (SA:BERK34), NVIDIA (NASDAQ:NVDA) (SA:NVDC34) e JPMorgan Chase (NYSE:JPM) (SA:JPMC34), e o Top 10 das ações do S&P 500 representa quase 28% de toda a capitalização do índice. Em 2018, essa participação era de 21%.
Os investidores podem reservar algum tempo para pensar sobre tudo isso. O mês de agosto costuma ser menos movimentado por causa do período de férias. Nos últimos 20 anos, as principais médias ficaram estáveis ou levemente em queda durante o mês.
Após a Covid, a preocupação é a inflação e o possível impacto dos juros. A elevação dos juros pode provocar a queda das ações e dos rendimentos dos títulos públicos, prejudicando a recuperação econômica.
h2 Outros vetores: Fed e juros; recuperação econômica nos EUA; preços das commodities/h2Os preços do petróleo acumulam alta de quase 50% no ano. Os preços da gasolina no varejo americano subiram mais de 41%.
Os preços da madeira serrada dobraram no primeiro semestre do ano por causa da escassez de oferta. Mas a febre diminuiu, e os preços sobem mais de 50%. O preço composto da madeira segundo o serviço Random Lengths caiu cerca de dois terços desde seu pico de US$1514 por mil pés-tábua em maio.
O Federal Reserve, que controla os juros da economia americana, insiste que as pressões de preço arrefecerão e, por isso, não pretende mexer nas taxas agora. Até o momento, os investidores de títulos estão ao lado do Fed. O rendimento dos títulos de 10 anos dos EUA encerraram o mês a 1,226% depois de atingirem 1,74% em 31 de março. Uma razão para que as taxas se mantenham estáveis é que os juros americanos continuam atraentes para investidores, muitos dos quais enfrentam taxas baixas ou negativas em seus títulos soberanos domésticos.
Além disso, a economia americana mostra-se mais forte do que diversas outras, o que tem impulsionado seu mercado acionário. O índice S&P Global Broad Market subiu 0,32% em julho, graças, em grande medida, ao avanço de 1,68% do mercado americano, segundo Howard Silverblatt, analista da S&P.
Teremos uma visão melhor da economia dos EUA nesta semana, com a divulgação de relatórios sobre pedidos às fábricas, pedidos de bens não manufaturados e dois relatórios de emprego muito acompanhados.
O primeiro é o relatório da ADP na quarta-feira, sobre o emprego privado, e os relatórios mensais do Departamento de Trabalho sobre folhas de pagamento não agrícolas e desemprego, na sexta-feira. Wall Street espera que o mercado de trabalho tenha criado 950.000 novos postos em julho, com o desemprego caindo para 5,7%, contra 5,9% em junho.
Os setores mais fortes do mercado acionário americano foram Saúde (+ 4,9%), Imobiliário (+4,62%), Utilidade Pública (+4,33%) e Tecnologia (+3,89%). Os setores mais fracos foram Indústria, Finanças e Energia, que caiou 8,2% de forma geral, mesmo com os preços do petróleo em alta.
h2 Top 5 do S&P 500 em julho, ganhadores...:/h2As quatro primeiras são empresas de lazer e viagens vulneráveis à pandemia, a quinta é uma produtora de óleo e gás.
h2 Vencedores do Dows...:/h2
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