Mercados da Ásia e Europa em Baixa

 | 26.07.2016 07:39

ÁSIA: Os investidores reduziram drasticamente suas expectativas em relação ao pacote de estímulo que está prestes a ser anunciado no Japão, afundando stocks e fortalecendo o iene na terça-feira. O Nikkei Stock Average caiu 1,43% e o iene fortaleceu, com o par dólar/iene caindo abaixo de 105,00 pela primeira vez em mais de duas semanas após um relatório publicado por um jornal de negócios dizer que o governo japonês vai injetar 6 trilhões de ienes (US$ 57 bilhões) em gastos diretos, o dobro da estimativa anterior, no entanto, as despesas ocorrerão ao longo de vários anos, o que significa que o impacto inicial será menor do que esperava, decepcionando os investidores. O jornal também disse que o anúncio ocorrerá já a partir de 2 de agosto.

O Banco do Japão vai anunciar sua decisão sobre flexibilização na sexta-feira (29/07) e esperam-se mais detalhes do pacote de estímulo do governo que está por vir, enquanto as expectativas para o "dinheiro de helicóptero", um plano radical para financiar os gastos do governo continuam a diminuir após Kuroda negar por duas ocasiões essa possibilidade. Stocks de exportação japoneses ficaram sobre pressão com a alta da moeda japonesa. Frente aos resultados trimestrais, a fabricante japonesa de eletrônicos Canon lançou seus resultados após o fechamento do mercado. A fabricante de câmera e impressora disse o lucro operacional no trimestre até junho caiu 35% no ano, para 68,6 bilhões de ienes, abaixo da estimativa média de 81,9 bilhões de ienes de cinco analistas e também reduziu sua previsão de lucro operacional para o ano até dezembro, de 300 bilhões de ienes para 265 bilhões de ienes.

Outros mercados asiáticos refizeram as perdas iniciais, ignorando a queda nas bolsas americanas depois que os preços do petróleo pesaram sobre o setor de energia na segunda-feira. Do outro lado do Estreito coreano, o Kospi fechou em alta de 0,75%. Dados divulgados pelo banco central sul-coreano mostraram que o PIB do país cresceu 0,7% no segundo trimestre de 2016, graças às medidas do governo para impulsionar o consumo. O PIB no segundo trimestre cresceu 3,2% em comparação à expectativa de mercado para um aumento de 2,9%.

Apesar de cair abaixo de 5500 pontos no período da manhã, o S&P/ASX 200 da Austrália conseguiu cruzar para território positivo pouco antes do fechamento e terminou em 5.537,5 pontos, alta de 0,07%. Destaque de queda para varejista Woolworths, que caiu 3,3%, um dia depois de registrar sua sessão mais forte em quase 20 anos após o anúncio da revisão estratégica do novo CEO Brad Banducci. Analistas dizem que a recuperação da empresa vai demorar mais tempo e custar mais do que o inicialmente esperado e rebaixou as previsões de lucro. Investidores preferiram realizar lucro, após o rali incrível da segunda-feira. O setor da energia foi empecilho para o índice, com queda de 1,5%. Santos, Woodside e Origin recuaram depois que o petróleo Brent caiu 2,1%, durante o pregão americano, sobre temores renovados de um excesso de oferta depois que a empresa de inteligência de mercado Genscape apontou um aumento de 1,1 milhões de barris em Cushing, Oklahoma na semana finalizada em 22 de Julho. Em sentido contrário, o setor financeiro e de recursos naturais avançaram. Os quatro grandes bancos fecharam entre 0,5 e 0,8% e entre as mineradoras, BHP Billiton subiu 0,1%, Fortescue Metals avançou 1,9% e Rio Tinto (LON:RIO) fechou em alta de 1%.

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Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em alta de 0,62%, revertendo perdas anteriores de 0,32%. Na China continental, Shanghai Composite subiu 1,14%, em 3,050.18 pontos e o Shenzhen Composite subiu 1,24%.

EUROPA: As bolsas europeias abriram em direção sul nesta terça-feira como os comerciantes digerindo outra série de balanços, antes de duas importantes reuniões de bancos centrais, que deverá ocorrer nesta semana. O pan-europeu STOXX 600 cai em torno de 0,20%.

O FOMC do Federal Reserve começa sua reunião de política monetária de dois dias na terça-feira, um mês após o Reino Unido votar em abandonar a União Europeia. Analistas esperam que o banco central mantenha sua política monetária estável na reunião deste mês, com a continuidade das incertezas em torno Brexit e as próximas eleições dos EUA. Em seguida, os investidores mudarão o foco para o Banco do Japão (BOJ), que vai fará sua reunião de política monetária de dois dias a partir de quinta-feira.

A temporada de balanços continua. Na França, a fabricante de pneus Michelin (PA:MICP) sobe após reportar um aumento de 9% no lucro do primeiro semestre, apesar da queda nas vendas, ajudada por medidas de corte de custos. A fornecedora francesa de peças para automóveis Faurecia sobe 5% depois de postar um aumento de 56 % no lucro líquido do primeiro semestre. A empresa de telecomunicações Orange cai ao reafirmar seu guidance de 2016 apesar de reportar um aumento acentuado no lucro líquido, graças à venda de sua participação de 50% na EE para a BT.

A gigante de petróleo BP anunciou que o lucro do segundo trimestre foi de US$ 720 milhões, abaixo dos US$ 1,3 bilhões do segundo trimestre de 2015 e disse também ter "traçado" um acordo com o desastre "Deepwater Horizon", que custou US$ 61,6 bilhões à empresa. Suas ações são negociadas em baixa, em meio a um declínio geral no setor de petróleo e gás, devido à queda do preço do petróleo nos últimos dias.

Entre outras notícias corporativas, a gigante cervejeira Anheuser-Busch InBev elevou sua oferta de compra pela rival SABMiller e agora quer pagar £ 45 por ação, acima de sua oferta anterior de £ 44 por ação, na sequência da queda da libra. Ações de ambas as empresas estavam em alta. Ações da Mediaset despencam 10,09% depois que a emissora italiana disse que a francesa Vivendi (PA:VIV) não está mais interessado em adquirir 100% da unidade de TV paga Mediaset Premium e que a Vivendi quer alterar os termos da sua proposta. As ações da Vivendi sobem 0,3%. Os bancos também estão no foco dos investidores. As ações da alemã Commerzbank diminuem drasticamente depois de reportar queda no lucro operacional do segundo trimestre e Banca Monte dei Paschi di Siena (BMPS) lidera a ponta perdedora do STOXX 600 antes do teste de stress do Banco Central Europeu nesta semana. Espera-se que o BMPS tenha um dos piores desempenhos durante os testes. O ministro de Finanças da Itália, Pier Carlo Padoan, no entanto, disse no início desta semana que não havia "nenhum problema bancário" no país.

No Reino Unido, o FTSE 100 sobe, após o índice fechar em queda de 0,3% na segunda-feira, com ações da SABMiller subindo depois de um aumento na oferta de aquisição da Anheuser-Busch InBev, mas as ações BP caem após resultados financeiros, bem como a rival de petróleo Royal Dutch Shell que deve reportar seus resultados financeiros da Shell na quinta-feira.

Ainda em Londres, as mineradoras avançam. Anglo American (LON:AAL) sobe 0,8%, Antofagasta (LON:ANTO) opera em alta de 0,6%, Glencore (LON:GLEN) avança 0,3%. Entre as gigantes, BHP Billiton sobe 1,7% e Rio Tinto sobe 1,9%.

EUA: Futuros dos EUA apontam para uma abertura em baixa em Wall Street, com os investidores optando pela cautela antes da reunião do Federal Reserve e observado de perto o dilúvio de resultados, incluindo McDonald´s, Verizon e Apple. Os investidores estão receosos de fazer quaisquer grandes movimentos antes da decisão do Fed na quarta-feira. O banco central começa sua reunião na terça-feira, o seu primeiro encontro desde que o Reino Unido votou em abandonar a União Europeia em 23 de junho. As expectativas de uma subida das taxas de Fed até o final do ano tendem a desaparecer e o mercado aposta em 50% de chances de que a taxa será cortada nos EUA em março de 2017.

AGENDA DO INVESTIDOR: EUA
10h00 - S&P/CS Composite-20 HPI (examina as mudanças no valor (preço de venda) do mercado imobiliário em 20 regiões nos EUA no ano anterior);
10h45 - Flash Services PMI (estimativa inicial do Índice PMI, fornecendo indicadores precedentes para dados finais do PMI de Serviços);
11h00 - CB Consumer Confidence (mede o nível de confiança dos consumidores na atividade econômica. É um indicador importante, pois pode prever os gastos do consumidor, que é uma parte importante da atividade econômica);
11h00 - New Home Sales (número de casas novas com compromisso de venda).
11h00 - Richmond Manufacturing Index (consiste numa pesquisa com cerca de 100 fabricantes, determinando a saúde econômica do setor manufatureiro no distrito de Richmond. Qualquer leitura acima de 0 indica melhoria das condições do setor, enquanto uma leitura abaixo de 0 indica agravamento das condições);

ÍNDICES MUNDIAIS - 7h10:

ÁSIA
Nikkei: -1,43%
Austrália: +0,07%
Xangai Composite: +1,14%
Hong Kong: +0,62%

EUROPA
Frankfurt - Dax: +0,01%
London - FTSE: +0,11%
Paris - CAC: -0,36%
Madrid IBEX: -0,85%
FTSE MIB: -1,24%

COMMODITIES
BRENT: -0,40%
WTI: -0,81%
OURO: +0,18%
COBRE: -0,63%
SOJA: +1,12%
ALGODÃO: +0,47%
MILHO: +0,05%

ÍNDICES FUTUROS
Dow: -0,06%
SP500: -0,13%
NASDAQ: -0,03%

Observação: Este material é um dados .

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