Mercados Fazendo Suas Máximas Históricas. Estamos Em Um Céu de Brigadeiro?
Andre Vieira | 14.07.2019 10:15
O nosso IBOV futuro foi da euforia à correção nesta semana, fazendo novo topo histórico na 4af, ultrapassando a barreira dos 107mil pontos, porém corrigindo fortemente nos dois dias seguintes, fechando a semana praticamente no breakeven.
No nosso matinal de 5af, ressaltamos a sombra superior deixada pela barra diária de 4af, no qual sugeria a perda de força dos compradores, e portanto, uma possível correção.
O mercado ficou bem otimista com a votação a favor da reforma da previdência do primeiro turno na câmara dos deputados, porém, de certa forma, desapontado com o atraso da mesma em 2o turno, que ficará agora muito provavelmente para o mês de Agosto.
Se olharmos para o gráfico diário do IBOV futuro, podemos ver na 4af uma barra parecida com um martelo invertido, e logo em seguida duas outras barras negativas com muita força, e que podem significar o início de uma correção mais profunda, em direção à casa dos 101mil pontos (retração de 61,8% e suporte marcado por um topo anterior), quanto buscar a retração de 50%, o que seria uma correção abaixo dos 100mil pontos.
Lá fora, o presidente do Fed Jerome Powell, nos seus dois últimos discursos deixou claro que a entidade está pronta para tomar as medidas necessárias no sentido de proteger a economia americana dos sinais relativos à desaceleração da economia global e dos impactos também da guerra comercial entre EUA e China. O discurso mais uma vez dovish, vem gerando uma expectativa muito forte do mercado, que já está precificando um corte na taxa básica de juros americana já agora em Julho. Por esse motivo os índices por lá fizeram novo topo histórico, e sobem com bastante força.
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Porém há um risco de interrupção desse rally, principalmente se o corte de juros, caso este venha, seja abaixo do aguardado pelo mercado, e também, se os balanços (relativos aos resultados do 2o trimestre) das empresas americanas já demonstrarem os efeitos da desaceleração da economia global e da guerra comercial.
A perspectiva de redução da taxa básica de juros americana traz uma pressão de desvalorização do dólar frente às principais moedas do mundo, e este movimento pode ser visto também em relação ao Real.
No índice DXY abaixo, já podemos ver um canal de baixa relativamente bem formado, contudo, com um suporte na casa dos 95,5 pontos.
Já para o par de moedas USD/BRL, podemos ver que o suporte na casa dos 3,80 foi rompido para baixo, e que vem operando agora muito próximo da abertura do ano, na faixa de 3,74. Há de se observar também que existe uma zona de suporte muitíssimo forte na casa dos 3,70, que não é rompido desde o 2o semestre do ano passado.
Abaixo podemos ver como alguns índices e commodities se comportaram na semana que passou:
Olhando para o calendário econômico, hoje ainda teremos a divulgação do PIB e da atividade industrial na China, e no decorrer da semana, mais um discurso do presidente do Fed, divulgação da inflação na zona do Euro e da atividade industrial nos EUA. Sumarizamos abaixo, o calendário divulgado pela Investing.com , filtrando apenas os eventos que normalmente trazem mais volatilidade aos mercados.
Forte abraço, e....
Bora pra cima !!!
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