Mercados no Brasil à mercê do exterior

 | 23.01.2024 09:47

A semana começou de forma emblemática nos mercados. Enquanto o S&P 500 renovava o recorde de alta, impulsionado pelas ações de tecnologia, o Ibovespa descia mais um degrau, atingindo o menor nível desde meados de dezembro. Já o dólar deu um salto e encostou de vez na marca de R$ 5,00.

. O principal fator que move os mercados é a expectativa de juros mais baixos no mundo neste ano, com a taxa Selic a reboque desse movimento.

O problema é que a recente piora nas taxas das Treasuries e também dos bônus europeus começa a contaminar os ativos emergentes. Os investidores - estrangeiros, principalmente - ajustam o portfólio à perspectiva de que, talvez, o Federal Reserve não inicie o ciclo de cortes tão cedo nem adote um ritmo tão acelerado na queda.

Tecla SAP/h4

Esse ajuste no rendimento (yields) dos títulos soberanos favorece as big techs. Vale lembrar que foram exatamente esses papéis que lideraram os ganhos durante a crise da covid-19 em meio à tese de investimento de crescimento (growth) e, depois, foram os mais afetados à medida que a pandemia ficava para trás.

Ou seja, por mais que se tente emplacar que os ruídos políticos estão descolando os negócios locais do rali no exterior, o fato é que o Brasil está refém do ambiente externo. E isso significa que os mercados domésticos estão sentindo de forma mais negativa a piora das condições globais, à medida que os juros aqui caem, mas lá fora não.

Afinal, o Comitê de Política Monetária (Copom) já contratou a manutenção dos cortes na taxa básica para as duas próximas reuniões, sendo a primeira já na semana que vem e a outra, em março. É aí que o fator fiscal entra na equação, somada à previsão de desaceleração do crescimento econômico no mundo.

Portanto, a grande questão é: o que está prestes a mudar - os fundamentos da economia ou as expectativas do mercado e os níveis de preços? Afinal, as apostas de juros mais baixos no mundo continuam elevadas, mas a narrativa dos investidores está ficando ultrapassada há algum tempo.

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