“Meu Malvado Favorito”

 | 16.10.2018 07:28

Jair Bolsonaro ampliou a vantagem em relação a Fernando Haddad e está 18 pontos à frente do rival, com 59% das intenções dos votos válidos contra 41%, segundo o Ibope. A novidade na pesquisa feita no fim de semana e divulgada ontem fica com o quesito rejeição, mostrando que na disputa entre os anti-PT e o #EleNão, o petista é o mais rejeitado, com 47%.

Já em relação ao capitão da reserva, 35% disseram que não votariam nele de jeito nenhum, enquanto 41% votariam com certeza. Foi a primeira pesquisa Ibope realizada no segundo turno e a distância entre os dois candidatos se equivale ao apontado pelo BTG (SA:BPAC11) Pactual/FSB. Na semana passada, o Datafolha apontou 16 pontos de diferença, com 58% versus 42%.

Com as pesquisas eleitorais praticamente confirmando a vitória do candidato de extrema-direita no dia 28, os investidores devem ficar ainda mais convencidos de que dificilmente Haddad conseguirá “virar o jogo”, intensificando o “rali Bolsonaro” nos negócios locais. Boa parte, porém, já está embutida nos preços dos ativos.

É bom lembrar que o petista é tido como menos comprometido ao ajuste das contas públicas, enquanto os investidores se agradam das ideias liberais do provável ministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes. O mercado financeiro brasileiro tende a ficar mais atento, então, aos sinais em relação à condução da política econômica a partir de 2019

E as recentes sinalizações quanto ao projeto econômico de um governo Bolsonaro mostraram-se ambíguas, principalmente em relação a temas amigáveis ao mercado, como privatizações e reforma da Previdência. Há quem diga que tais ruídos são apenas para o candidato conquistar a simpatia de mais eleitores.

Mas para quem teve 20 milhões de votos a mais que o rival - e segue liderando as pesquisas, não parece haver a necessidade de angariar novos simpatizantes. Ainda que Bolsonaro esteja comprometido com as reformas estruturais, pode haver dificuldades no Congresso, onde deputados e senadores devem diluir a agenda do governo eleito para aprovar medidas mais impopulares.

Seja como for, o ambiente externo amanhece mais favorável a tomada de risco, o que tende a beneficiar a valorização do mercado doméstico. Lá fora, os investidores tentam aferir o peso das tensões geopolíticas envolvendo os Estados Unidos, ao mesmo tempo em que calibram as expectativas em relação à temporada de balanços norte-americana.

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Na safra do dia, saem os resultados trimestrais de Goldman Sachs, Morgan Stanley (NYSE:MS) e Netflix (NASDAQ:NFLX). Os investidores buscam qualquer sinal vindo do desempenho financeiro das empresas indicando uma desaceleração ou um crescimento mais forte no balanço, capaz de afetar o ritmo de aumento da taxa de juros norte-americana.

Nesta manhã, os índices futuros das bolsas de Nova York exibem ganhos, o que garante um sinal positivo na abertura do pregão europeu, após uma sessão mista na Ásia, onde Xangai e Hong Kong caíram. O dólar se fortalece em relação às moedas rivais, ao passo que o petróleo flutua acima de US$ 70 o barril, em meio ao tom conciliatório entre EUA e Arábia Saudita.

Na agenda econômica do dia, no Brasil, saem uma nova leitura da inflação ao consumidor (IPC-S) em meados deste mês (8h) e o desempenho do setor de serviços em agosto (9h). No exterior, destaque para os dados da produção industrial norte-americana em setembro (10h15) e para o relatório Jolts sobre o número de vagas de emprego disponíveis em agosto (11h).

Juntos, esses indicadores podem indicar a robustez da economia dos Estados Unidos, com a atividade mostrando tração e o mercado de trabalho em condições de pleno emprego. Portanto, considerando-se as expectativas para a economia real, em âmbito macro e microeconômico, não se deve esperar algum alívio na condução do ciclo de aperto monetário pelo Federal Reserve no horizonte à frente.

Aliás, esse tema continua no pano de fundo do mercado financeiro global, sendo o principal obstáculo para o bom desempenho dos ativos de risco. Ainda no calendário norte-americano, saem o índice de confiança das construtoras em outubro (11h) e o fluxo de capital estrangeiro de e para os EUA em agosto (17h).

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