Mudanças no Setor Energético Favorecem Empresas que Geram Energia Limpa

 | 09.12.2019 12:46

Será que faz sentido investir em ações de empresas petrolíferas tradicionais, quando há uma mudança clara para a produção de energia a partir de fontes limpas, como a eólica e a solar? O debate sobre o assunto tem sido intenso há quase uma década, principalmente após a revolução do “shale gas” nos EUA.

Tivemos uma ideia disso com a maior empresa petrolífera do mundo, a Saudi Aramco (SE:2222 ), que concluiu sua oferta inicial de ações na semana passada e alcançou um valor de mercado de US$ 1,7 trilhão. A demanda mundial de petróleo pode atingir seu pico nos próximos 20 anos, de acordo com uma avaliação incluída no prospecto da companhia.

No documento sobre a oferta, a Aramco utilizou uma previsão da consultoria IHS Markit Ltd., que considera que o pico da demanda de petróleo ocorrerá por volta de 2035. Com base nessa avaliação, o crescimento da demanda de petróleo e produtos derivados se estabilizará naquele ano. Um gráfico inserido no prospecto da gigante saudita do petróleo mostra que a demanda mundial dessa matéria-prima cairá entre 2040 e 2045.

Um segundo cenário de demanda apresentado no mesmo documento considera uma transição mais rápida dos combustíveis fósseis para fontes alternativas. Nesse caso, a expectativa é que a demanda petrolífera atinja seu pico no final da década de 2020, que se inicia daqui a alguns dias. A Aramco reconheceu no documento que as políticas de mudança climática “podem reduzir a demanda mundial de hidrocarbonetos e promover uma mudança para combustíveis fósseis com menor teor de carbono, como o gás ou outras fontes alternativas de energia”.

Esse tipo de avaliação, proveniente da principal petrolífera do mundo, claramente mostra a importância de investir em empresas que estejam na vanguarda da revolução da energia limpa. Apresentamos a seguir nossas três ações internacionais favoritas nesse segmento e que os investidores de longo prazo fariam bem em adicioná-las às suas carteiras:

1. Brookfield Renewable Partners

Entre os produtores de energia limpa, gostamos da Brookfield Renewable Partners (NYSE:BEP ), sediada nas Bermudas, em razão da sua posição dominante no setor e sua diversificada base de ativos.

Estatísticas recentes reforçam os argumentos a favor da BEP. A Agência Internacional de Energia considera que haverá um forte e contínuo crescimento das fontes renováveis até 2022, com a previsão de que a capacidade de geração de eletricidade renovável se expandirá mais de 920 GW, um aumento de 43%.

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A diversidade da Brookfield, que opera usinas hidrelétricas, eólicas, solares e de biomassa , bem como sua capacidade de geração de 17.400 MW em 876 instalações espalhadas pela América do Norte, América do Sul, Europa e Ásia, permitem que a companhia preste uma grande variedade de serviços.

A parceria recém-anunciada divulgou uma distribuição trimestral de caixa de US$ 0,515 por unidade, que vem crescendo a uma taxa anual composta (CAGR) de cerca de 6%. De acordo com seu último balanço, a Brookfield Renewable Partners gerou US$ 590 milhões em fundos provenientes de operações (FFO) nos primeiros nove meses de 2019, um salto de 25,5% ano a ano.