Muito Além dos 2% de Erro - Bolsonaro Vencerá as Eleições

 | 22.09.2018 17:22

Com uma formação em Economia pela FEA-USP - que eu poderia dizer que é quase uma engenharia dado o perfil acadêmico - minhas análises se pautam muito em dados quantitativos. No entanto, busco sempre uma âncora na realidade para fechar meus raciocínios.

E com esse tipo de análise foi que em 2016 afirmei dentro do fundo onde eu era sócio que o BREXIT ocorreria - como aconteceu algumas semanas depois. Já quando estava na análise independente, mesmo com todas estatísticas contra Donald Trump e a vitória certa de Hillary Clinton, afirmei que o empresário ganharia as eleições. Bom, neste caso eu ajudei meus clientes a se defender e aproveitar com a vitória de Trump.

Diante das eleições mais importante da história, hoje me defronto com a mesma situação, agora no Brasil. Tenho a convicção que Bolsonaro vencerá as eleições, e os números da apuração serão extremamente diferentes do que vemos hoje nas pesquisas. Mostrarei minha visão tanto do ponto de vista estatístico como pela realidade vivida nas ruas.

É um fato inquestionável que as pesquisas de intenção de votos desde as eleições de 2014 têm ficado muito aquém do que víamos no passado. Antes, as pesquisas sempre cravavam os resultados.

Agora, proponho uma rápida volta ao tempo. Retornemos à pesquisa de exatos 4 anos atrás: a pesquisa de intenção de voto do Datafolha de 19/09/2014 mostrava que a candidata Dilma Rousseff tinha 37% das intenções de votos, Marina Silva tinha 30%, e o Aécio Neves tinha apenas 17% das intenções. Em pouco menos de 1 mês, as coisas mudaram um pouco e a pesquisa de 2 de outubro de 2014 (sexta-feira pré-eleições) mostrou Dilma com 40%, Marina com 24% e Aécio com 21% das intenções de votos. Bom, o que se concretizou foi um resultado de Dilma com 41,6% e Aécio com 33,5%, algo bem longe da margem de erro de 2%.

Outro exemplo desse mesmo tipo de erro aconteceu com as eleições para a prefeitura de São Paulo de 2016. Em 22 de setembro daquele ano, o Datafolha indicava nas pesquisas um empate técnico entre os candidatos João Doria (25% das intenções) e Russomano (22%). As pesquisas de boca de urna em 1 de outubro indicavam Doria com 38%, no entanto, o resultado também foi muito além da margem, já que o tucano Doria venceu no primeiro turno, com 53,3%, e Russomano ficou em 3º lugar, com 13,64%.

Abaixe o App
Junte-se aos milhões de investidores que usam o app do Investing.com para ficar por dentro do mercado financeiro mundial!
Baixar Agora

Esses são alguns casos de várias eleições que as pesquisas não conseguiram captar os movimentos de intenção de votos. A saída da Reino Unido da União Europeia (BREXIT) em 2016 é outro exemplo: as pesquisas na véspera indicavam que 59% da população rejeitaria a proposta. O resultado, no entanto, mostrou que apenas 48% da população era contra. Até mesmo a recente eleição de Donald Trump também é emblemática: no dia da eleição, os jornais americanos falavam que a chance era de 90% de Hillary Clinton ganhar - e não foi isso o que aconteceu.

Esses erros, na minha opinião, são consequências do fenômeno do mundo digital que mudou a forma como todos nós nos comunicamos, criamos ideias e discutimos todos os tipos de coisas - e com a política isso não é diferente. Portanto, não acho que exista um erro na questão estatística, mas sim na estratificação da sociedade, afinal o número de pessoas que utilizam internet para buscar informação sobre política tem crescido em altas taxas. Hoje, existem 40 milhões de brasileiros a mais que em 2014 que buscam informação sobre política na internet, fato que agrava ainda mais a metodologia das pesquisas.

Se o argumento quantitativo coloca em xeque os números postos pelas pesquisas, vamos ver o que o momento econômico e social nos revela. Um grande amigo sempre me disse que as pessoas fariam menos besteiras na vida se elas falassem em voz alta na frente do espelho as ideias dela, e foi algo que sempre adotei. Imagina só se em abril desse ano eu tivesse falado que queria fazer 2 maratonas em 20 dias sem treinar nada. Com certeza eu não teria me machucado.

Mas vamos voltar para o espelho. Em 2014, a então presidente Dilma tinha todo o poder da máquina pública, com o PT mais forte que hoje e mais capitalizado do que nunca. Associado a isso, o ex-presidente Lula gozava de toda a liberdade e sem constrangimentos morais e jurídicos. Do lado econômico, o PIB do ano anterior havia crescido 3% e o desemprego estava em 4,3%, próximo da mínima histórica. Concorrendo contra, Aécio Neves não tinha a máquina de campanha, o próprio partido estava rachado, além do candidato não ter muito carisma. O resultado foi a vitória de Dilma com os suados 51,64%.

Lembre-se bem do ocorrido em 2014 e agora fale que o candidato com boas chances de vencer é Fernando Haddad, esse mesmo, o que teve 16,7% de votos na tentativa de se reeleger para a “PREFEITURA” de São Paulo em 2016. O candidato do Partido dos Trabalhadores que não tem mais os recursos financeiros que tinha em 2014, muito menos a máquina pública, já que a ex-presidente Dilma colocou o país na pior crise da história, com queda de 3,5% do PIB em 2 anos consecutivos. E soma-se a isso o ‘pequeno detalhe’ do ex-presidente Lula estar preso em Curitiba e metade do partido estar espalhada em presídios no Brasil. E não é só estranho o fato de as pesquisas mostrarem essa chance de Haddad vencer - o qualitativo não faz o menor sentido.

E quando você diz que ele vencerá Jair Bolsonaro - e aqui falo sem nenhuma paixão política. Bolsonaro é o homem que não tem acesso à mídia, nem partido forte ou recursos, mas possui um forte posicionamento contra a corrupção e a esquerda. Ele conquistou o primeiro lugar disparado apenas fazendo campanha corpo a corpo e nas redes sociais, e acabou sofrendo um atentado contra a vida por se posicionar contra o caos político. Estamos falando do político que é esperado por multidões de Norte a Sul do país, ovacionado em todos os cantos que vai e que tem definido como chefe da fazenda Paulo Guedes, um grande e brilhante economista liberal.

Não é muito estranho isso? Fale esses fatos agora na frente do espelho.

Agora, se o quantitativo me deixa em dúvida em relação às pesquisas, a vida real me grita que tem algo muito fora da realidade. Tenho certeza que veremos em outubro um resultado muito longe dos medidos até agora nas pesquisas eleitorais. E sem dúvida, com esse “erro” de previsão na minha opinião, temos uma grande oportunidade de investimentos.

Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.

Sair
Tem certeza de que deseja sair?
NãoSim
CancelarSim
Salvando Alterações