Não Confunda FIIs de Papel Com Renda Fixa

 | 08.04.2021 13:13

h2 Papel vs. Tijolo

É possível dividir os Fundos Imobiliários em dois grandes grupos, os fundos de tijolo e os de papel.

O primeiro grupo investe a maior parte dos seus recursos em imóveis, tais como: lajes corporativas, galpões logísticos, shopping centers e por aí vai. O segundo possui como mandato o investimento da maior parte de seus recursos em ativos de renda fixa com lastro imobiliário, principalmente em CRIs.

Você já deve ter acompanhado intensas discussões entre os investidores a respeito de qual dos dois grupos é o melhor para se investir.

Há quem diga que são os fundos de tijolo, pois “o preço dos imóveis acompanha a inflação ao longo do tempo”. Outros tantos preferem os fundos de papel, que são “os melhores geradores de renda do mercado”.

Aqui entre nós? Não vejo sentido nesse tipo de dicotomia! Não há o melhor ou pior tipo de FII. A realidade é complexa demais para ser explicada por qualquer raciocínio reducionista...

Pelo contrário, entendo que ambos possuem características complementares e, por isso mesmo, entendo que há espaço para os dois grupos na carteira do investidor, sendo que a exposição a cada um deve variar de acordo com as circunstâncias.

h2 A bola da vez/h2

Desde 2020, tenho preferido uma maior exposição a fundos de papel, que têm sentido muito menos os efeitos da crise provocada pela pandemia.

E essa tendência vem se mantendo ao longo de 2021...

Elaborados pelo Banco Inter (SA:BIDI4), o índice IFI-D (SA:IFID11) (composto pelos principais fundos de papel do mercado) já acumula uma alta de 5 por cento no ano, enquanto o IFI-E (SA:IFIE11) (índice com os principais FIIs de tijolo) apresenta uma queda de quase 4 por cento no mesmo período.