Michael Kramer | 27.12.2021 10:41
Este artigo foi escrito exclusivamente para Investing.com
Desde meados de novembro, as ações têm apresentado muita volatilidade, com oscilações radicais de preços. Fortes vendas foram seguidas por ralis repentinos e dramáticos. O mercado de capitais parece estar no meio de uma mudança de tendência em massa, com um sentimento bem diferente do que a persistente corrida de alta com a qual nos acostumamos nos últimos 20 meses.
Outro período que testemunhou variações de preço parecidas sem ir a lugar nenhum foi o final de 2014 e 2015. Aquela época e o atual momento têm muito em comum, com o Federal Reseve (Fed) encerrando uma Flexibilização Quantitativa. Embora o Fed ainda não tenha concluído essa flexibilização em 2021, a expectativa é que o faça muito cedo em 2022. A única diferença é que a flexibilização é muito mais proeminente desta vez, e se desdobrará muito mais rapidamente.
Esta mudança na maré provavelmente levará a oscilações de preços muito maiores à medida que o mercado se afasta das condições financeiras relaxadas, com de montantes maciços de liquidez e fácil acesso a margens. Para uma situação com menos liquidez e condições financeiras mais apertadas. Foi o que aconteceu no final do último ciclo de Flexibilização Quantitativa, e provavelmente vai se repetir desta vez de alguma forma.
O S&P 500 de hoje e o de 2013 a 2015 tiveram uma escalada razoavelmente fácil com muito pouca volatilidade, até a queda de 2014. Isso ocorreu no ponto em que o S&P vivenciou seu primeiro rompante significativo de volatilidade, antes do término da Flexibilização Quantitativa no final de outubro de 2014.
Isso acabou levando conduziu a um mercado de capitais que não só estava volátil, com enormes flutuações de preço, mas também a um mercado que negociou lateralizado por muito tempo. Desta vez, parece que o mercado começa a ver que a mesma fase de transição está se desenrolando e seguindo um caminho semelhante, em termos da volatilidade crescente que vem com o fim da Flexibilização Quantitativa. A única diferença desta vez é que a Flexibilização Quantitativa terminará muito mais rapidamente. Em dezembro de 2013, o Fed anunciou que iria reduzir o seu programa de Flexibilização Quantitativa, o que foi concluído em outubro de 2014. Este ciclo de Flexibilização Quantitativa será reduzido em quase metade do tempo.
Isso provavelmente significa que podemos esperar ver muita volatilidade no mercado à medida que ele atravessa esta mudança na política monetária do Fed, de maneira semelhante ao que foi observado na transição em 2015. Isto significa que é improvável que o S&P 500 venha a registrar níveis muito mais altos, e que ele também irá sentir mais períodos de turbulência, com grandes quedas seguidas por ralis muito acentuados. Cada experiência vai deixar os touros e os ursos se sentindo como se estivessem em vantagem, ao mesmo tempo em que acarretará bastante frustração.
Enquanto o Fed continua a implantar a Flexibilização Quantitativa e acelera o tapering, parece muito provável que o cenário para as ações se torne menos suave e mais volátil, com o fim de muitas das condições facilitadas que a Flexibilização Quantitativa ajuda a promover. Se os eventos de desdobrarem da mesma maneira que da última vez, a volatilidade provavelmente se manterá muito elevada, conduzindo a um mercado que segue sem rumo certo e, eventualmente, registre queda.
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