Nem Via, nem Magalu: 3 ações de varejo para investir após escândalo na Americanas

 | 30.01.2023 13:43

Depois de sofrer com a pandemia, as empresas do varejo entraram em 2023 com a esperança de dias melhores pela frente, porém o rombo de R$ 41,2 bilhões encontrado na Americanas (AMER3) reacendeu o temor entre os investidores em relação aos rumos do setor.

Contudo, os problemas na contabilidade e o pedido de recuperação judicial da varejista podem favorecer o ambiente competitivo dentre as concorrentes diretas (Magalu e Via), mas não é aí que estão as melhores oportunidades no varejo discricionário.

No setor, minha preferência épelos subsetores de varejo pet e varejo de luxo para 2023.

Apesar das incertezas a despeito da melhora na dinâmica inflacionária para este ano, tornando menor o poder de compra do consumidor, Lojas Renner (BVMF:LREN3), Vivara (BVMF:VIVA3) e Petz ((BVMF:PETZ3)) são empresas interessantes dentro do setor de varejo, uma vez que dependem muito menos do cenário macro para crescer.

Para essa seleção, considerei o histórico de performance superior, mesmo diante das condições desfavoráveis do mercado, e os respectivos planos de expansão de cada companhia.

Veja abaixo os pilares que baseiam a tese de investimento.

1. Lojas Renner/h2

A primeira recomendação das melhores ações de varejo para comprar em 2023 é a Lojas Renner. A empresa é a maior varejista de moda no Brasil e atua com três marcas: Renner (marca própria), Camicado e Youcom.

Para 2023, a Lojas Renner segue com ótimas perspectivas, mesmo em um cenário mais desafiador.

Para se ter uma ideia, a companhia encerrou o ano de 2022 com 672 lojas, com a abertura de 40 novas lojas. O objetivo é abrir mais 320 lojas nos próximos cinco a sete anos.

Na pior crise econômica do nosso país (2015-2016), a Renner não parou de crescer. Nos anos anteriores, a companhia estava subindo seu Ebitda em mais de 20% a.a. Em 2015, o crescimento caiu para 18% e, em 2016, para 7%, mas logo depois voltou a acelerar, diz Ragazi.

Entre os anos de 2012 e 2021, a Renner cresceu 147%, enquanto o mercado de vestuário e calçados, medido pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), cresceu 2,5%.