Netflix: Fundamentos Não Mudaram, Mas Curto Prazo é Desafiador

 | 24.04.2022 07:10

O bilionário Bill Ackman se desfez de sua participação na Netflix (NASDAQ:NFLX) (SA:NFLX34) um dia após a surpresa negativa com o número de assinantes da empresa. A Netflix perdeu 200 mil assinantes no primeiro trimestre deste ano — a primeira baixa em uma década.

As ações da empresa caíram -35,12 por cento na quarta, para 226,19 dólares na Bolsa de Nova York, e voltaram a cair na quinta, -3,52 por cento, para 218,22 dólares. Na sexta, não foi diferente: queda de -1,24 por cento a 215,52 dólares, prolongando-se no pós-mercado com uma baixa de -0,77por cento para US$ 213,85. Ou seja, o mercado não gostou dos resultados.

h2 Netflix: Analisando os resultados/h2

A empresa de streaming reportou resultados fracos e abaixo da projeção mais conservadora do mercado.

A Netflix registrou perda de -200 mil assinantes, enquanto o esperado, dado o guidance, era uma alta de +2,5 milhões de assinantes.

Lembrando que, desde a publicação do último resultado, muito aconteceu, como o início de uma guerra no Leste Europeu e a escalada brutal da inflação mundial.

Segundo a companhia, o resultado foi impactado pela saída da Rússia do serviço neste trimestre, que aumentou a baixa de -700 mil usuários pagantes. Ou seja, excluindo esse “efeito”, o saldo no 1T22 teria sido uma adição de +500 mil usuários, mesmo assim consideravelmente abaixo da meta da empresa para o trimestre.

No faturamento, apesar da perda de clientes, as receitas totalizaram 7,8 bilhões de dólares, aumento de +9,8 por cento A/A e +2,1 por cento T/T.

Do ponto de vista de custos e despesas, notamos que o resultado ficou dentro do esperado. A empresa contabilizou uma margem operacional de 25,1 por cento, um pouco inferior ao apurado no ano anterior, o que já era esperado dada a inflação atual.