Não São Apenas Russos e Sauditas que Querem o Fim do Shale Oil nos EUA

 | 07.04.2020 09:48

Assim como as aves de rapina, as gigantes petrolíferas estatais da Arábia Saudita e da Rússia conseguem sentir o cheiro de decomposição se formando na indústria de shale oil nos EUA e da parcela de mercado que se abrirá quando os mais fracos sucumbirem ao excesso de oferta que criaram e à perda de demanda provocada pelo coronavírus. Mas existem outros abutres pairando sobre o shale norte-americano neste momento, e alguns deles são americanos.

A Saudi Aramco (SE:2222) de Riad e a Rosneft (OTC:OJSCY) de Moscou parecem estar exercendo os papéis de vilões ao querer extinguir os chamados fraturadores que ajudaram a tornar os Estados Unidos no maior pais produtor de petróleo do mundo. Mas existe um número grande de executivos americanos do setor petrolífero querendo se livrar de milhares de perfuradores independentes de pequeno e médio porte que encheram seu mercado.

Durante anos, enquanto os governos Obama e Trump comemoravam o crescimento fenomenal mas sem glamour da indústria de shale oil nos EUA, cuja eficiência de produção permitiu que a maioria dos americanos aproveitasse o preço de US$ 3 por galão de gasolina, outros altos executivos do país – alguns pertencentes a grandes petrolíferas mundiais – também aplaudiram, mas com desgosto.