Novos dados confirmam o crescimento contínuo da 'geração cripto' no Brasil

 | 11.09.2022 08:22

A menos que você tenha vivido dentro de uma bolha (ou preso em uma fila de banco) até agora, você saberá que 2022 tem sido um período turbulento nos moedas vêm se depreciando rapidamente em relação ao dólar, enquanto os preços do ouro e do petróleo oscilam, descontroladamente. Entretanto, as manchetes globais não necessariamente contam toda a história: houve um aumento de 441% nos volumes de trading no Brasil, exatamente no mesmo período.

Então, qual é exatamente a tendência por trás desses dados?

Acredito que estamos vendo o surgimento de uma “geração cripto” na América Latina. Para ser mais claro, suas características não se limitam ao trading de criptomoedas ou a um determinado grupo demográfico; é muito mais que isso!

Os latino-americanos estão acostumados com as incertezas financeiras que têm afetado muitos bolsos das pessoas na América do Norte, Europa e Sudeste Asiático. A inflação e a desvalorização da moeda costumam ser um fato da vida, uma das razões pelas quais achamos que eles adotaram tanto as criptomoedas, não como o esquema de 'enriquecimento rápido', frequentemente apresentado na mídia, mas como uma comunidade crescente de investidores de meio período, criativos e colaborativos, que estão reescrevendo o livro de regras sobre investimentos financeiros alternativos.

Nesse contexto, as finanças descentralizadas (DeFis) são uma resposta lógica a um sistema bancário tradicional que é inerentemente volátil e, em muitas situações, inacessível a uma grande parte da população. Por exemplo, mais de 34 milhões de brasileiros vivem atualmente sem acesso a serviços bancários formais ou possuem contas que não são usadas. Logo, há uma parcela muito grande de pessoas que busca essa inclusão financeira, já que existem exigências demais para os usuários, seja na hora da abertura de uma conta ou quando buscam crédito.

Historicamente, os bancos latino-americanos têm representado o domínio do mercado, as altas barreiras de entrada e, em muitos casos, os custos mais altos. Uma pesquisa do Bank for International Settlements, por exemplo, qualifica as taxas bancárias da América Latina como as mais altas dos "EME” (economias de mercado emergente).

Na realidade, os cidadãos locais já descentralizaram muitos aspectos de suas vidas; eles estão trabalhando de forma flexível, muitas vezes, por meio de múltiplos fluxos de renda, lembrando de que a internet se tornou sua principal fonte de informações e conselhos. Essa é a lógica da geração de criptomoedas da América Latina; para quem, o trading de criptomoedas, é um desenvolvimento natural.

No segundo trimestre do ano fiscal de 2022, vimos também um aumento de 68% no número de trading pairs disponíveis em nossa plataforma, e agora contamos com 244 pares disponíveis para trade. Mas, desses 244, é notável que cada um dos 5 principais pares negociados em maio, junho e julho incluem uma 'stablecoin' em um lado do par. Stablecoins representam uma fonte de relativa segurança durante períodos de volatilidade do mercado (no caso do real brasileiro: depreciação cambial e inflação) como meio de proteção de valor.

O aumento de seu uso na América Latina está alinhado com outros comportamentos do consumidor, o que nos leva a defender nossa nova 'geração cripto’. Stablecoins geralmente são operadas por pessoas que não estão investindo em criptomoedas como Bitcoin e Ethereum; em vez disso, estão procurando proteger uma parte de sua renda contra a volatilidade da moeda de seu próprio país. De fato, na Argentina, que registrou taxas de inflação de 70% neste ano e o peso argentino continua a cair em valor, o número de empresas que paga salários em dinheiro digital aumentou 340%. E, de acordo com o provedor de folha de pagamento Deel, a Argentina tem uma proporção maior de funcionários sendo pagos em criptomoeda do que em qualquer outro lugar do mundo.

Mais uma vez, esta é a pura essência da lógica da geração cripto; complementando, apoiando e, em alguns casos, substituindo o sistema estabelecido por uma alternativa mais acessível, conveniente e econômica. Embora a Argentina seja um exemplo extremo, ela oferece uma visão valiosa do que vemos como um tipo totalmente novo de trader de criptomoedas.

Nossa 'geração cripto’ de traders é muito mais aberta a recursos como copy trading, o que permite que investidores iniciantes sigam e imitem as negociações de nossos usuários mais experientes. Já o que chamamos de “social trading” é a antítese do mundo altamente competitivo das finanças e, em vez disso, apela mais à nossa nova “geração cripto” e suas ideias de compartilhamento, democracia e justiça.

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