O Cenário Otimista para o Bitcoin I - A Gênese e as Origens do Dinheiro

 | 02.03.2018 17:14

Nota do Editor: Este é o primeiro de uma série de quatro artigos sobre o cenário otimista para o bitcoin. Veja também o segundo texto da série sob o título os atributos de uma boa reserva de valor e o terceiro da série aborda a evolução do dinheiro.

h2 A gênese e as origens do dinheiro/h2

Com o preço do bitcoin atingindo novas máximas em 2017, o cenário otimista para o ativo pode parecer tão óbvio para os investidores a ponto de sequer precisarmos falar sobre isso. Por outro lado, pode parecer insensato investir em um ativo digital que não é lastreado por nenhuma commodity ou governo e cujo preço elevado levou algumas pessoas a compará-lo à mania das tulipas ou à bolha das dot-com. Nenhuma das duas premissas é verdadeira. O cenário otimista para o Bitcoin é convincente mas está longe da obviedade. Existem riscos significativos ao investir em Bitcoin, mas, como irei argumentar, também existe uma oportunidade imensa.

h3 Gênese/h3

Nunca na história mundial havia sido possível transferir valor entre pessoas distantes sem precisarmos contar com um intermediário de confiança, como um banco ou governo. Em 2008, Satoshi Nakamoto, cuja identidade segue desconhecida, publicou em 9 páginas uma solução para um problema de ciência da computação conhecido como o Problema Geral Bizantino que persistia há muito tempo. A solução de Nakamoto e o sistema que ele construiu a partir disso - o Bitcoin - permitiu, pela primeira vez na história, que valores fossem transferidos de maneira rápida, a longa distância, sem que fosse necessário confiar em alguém. As consequências da criação do Bitcoin são tão profundas tanto para a economia como para ciência da computação que Nakamoto deveria certamente ser a primeira pessoa a ser indicada tanto para o prêmio Nobel de Economia quanto para o prêmio Turing.

Para um investidor, o fato saliente sobre a invenção do Bitcoin é a criação de um novo bem digital escasso, ou seja, os bitcoins: tokens digitais transferíveis que são criados na rede do Bitcoin em um processo conhecido como "mineração". A mineração de Bitcoin é mais ou menos análoga à mineração de ouro, com exceção de que a produção de Bitcoin segue um cronograma determinado e previsível. Por definição, somente 21 milhões de bitcoins serão minerados e a maioria destes já foram criados - aproximadamente 16,8 milhões estão em circulação no momento que escrevo este artigo. A cada quatro anos, o número de novos bitcoins produzidos é reduzido pela metade e a produção completa de novos bitcoins será finalizada completamente até o ano de 2140.

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