O Desafio Está Lançado (Me Aponte Uma, Entre 12 Ações)

 | 20.09.2013 04:50

A corrente do Ben

O Fed resolveu não decretar a última quarta-feira como o marco final da crise do subprime.

Reconheceu a diminuição dos riscos à economia americana, mas manteve-a respirando por aparelhos. Não deu pontapé no processo de diminuição dos estímulos monetários: manteve a compra de bônus em US$ 85 bilhões, manteve a taxa de juro zerada e refirmou o prognóstico de manutenção de juros "excepcionalmente baixos" até que a taxa de desemprego venha abaixo de 6,5%, contanto que a expectativa de inflação não supere 2,5%.

É, amigo, a farra do fluxo vai continuar, pelo menos pelos próximos 45 dias.

O polvo Paul (dica cultural)

O resultado da reunião do Fed te surpreendeu? Pode não ter surpreendido, se você estiver entre os 58% de leitores do M5M que apostavam que a reunião não mudaria nada.

Mas surpreendeu-me, e surpreendeu boa parte dos analistas.
Um que não conheço pessoalmente, mas recomendo que vocês conheçam é o Paul Donovan, chefe de pesquisa do banco suíço UBS. O Paul também possui uma newsletter diária. Desde que a acompanho, esta foi a edição mais visceral, e trouxe um dos conteúdos mais densos (e sensatos) sobre a reunião do Fed dentre os que li por aí.

"Ipsis literis:

Thursday 19 September 2013 - The US Federal Reserve - an apology
Presented by Paul Donovan

+ Over the past few years the UBS Morning Audio Comment may have given rise to the impression that we believed the US Federal Reserve to be a credible, enlightened central bank. In the wake of last night's policy decision, we would like to apologise for having given that impression.

+ The Fed has erred, possibly seriously. Yesterday destroyed any pretence of transparency, and all but guaranteed that when policy does change there will be a negative market reaction. In the wake of the shock yesterday investors are unlikely to have certainty about future policy decisions."

Não faça a qualquer custo

Assim como o Paul, a minha aposta para a reunião do Fed não se confirmou. Embora eu sempre tenha dito que era impossível prever o desfecho do evento, compartilhei com vocês meu feeling de que os estímulos começariam a ser retirados ontem.

A consequência da reunião é um tanto óbvia: injeção volumosa de dinheiro representa deterioração do valor da moeda e ganho relativo para o preço dos ativos – há um mesmo estoque de ativos, para mais estoque de moeda. Resultado? Sobrevida à farra de liquidez no curto prazo e a possibilidade de adição de beta às carteiras. Mas não vá fazer isso a qualquer custo. Reúna beta e qualidade. Aposto em três ações que satisfazem essa condição e ganharam um belo empurrão do Fed.

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PS: quem assina a série Quer Investir? se deu bem. Pelo preço de um relatório por semana, já levou três relatórios desde segunda-feira: além do "Três ações para comprar com o empurrão do Fed", "A estratégia adequada para se beneficiar de tempos de violência" e "Um cenário mais favorável para as ações de consumo e real estate?". Assim como o pessoal que curte fundos imobiliários e assina o Domus, hoje recebeu de lambuja o "Especial Bolha Imobiliária – Parte II". Essa é apenas uma das vantagens de se tornar assinante.

O desafio está lançado

Alguns leitores vêm contestando essa ideia de rali do fluxo, das empresas de fundamentos questionáveis.
Do alto da euforia com o bull market do Ibovespa, então lanço um desafio:

Dentre as doze maiores altas do Ibovespa durante o rali, aponte-me uma ação defensiva, reconhecida pela qualidade dos operacionais, de resultados inabaláveis ou alguma história limpa (top em governança, forte geradora de caixa e estrutura de capital enxuta).