O Dia D das Blue Chips

 | 01.08.2014 07:53

Quatro (novos?) argumentos para o dólar

1. Lembra da máxima “economia forte tem moeda forte, economia fraca tem moeda fraca”? Pois a economia americana cresceu 4% no segundo trimestre, um 4x1 contra o Brasil, que já toma de 7 da inflação;
2. Os dados acima das expectativas nos EUA trazem desdobramentos óbvios sobre as apostas para a retirada dos estímulos por lá, com espraiamento sobre os juros: o rendimento do título do Tesouro americano de dois anos, por exemplo, tocou o maior nível desde maio de 2011. O que isso quer dizer? Juro mais alto atrai capital de volta para os EUA;
3. As moedas globais seguem reagindo. O euro bateu o menor nível desde novembro e o iene chegou ao patamar mais baixo em três meses em relação ao dólar. Enquanto isso, o real continua na banda;
4. Estão saindo mais dólares do que entrando do Brasil. O fluxo cambial brasileiro vem bem mal, negativo em US$ 4,7 bilhões em julho (até dia 25).

Apesar da bazuca do Bacen, intervindo diariamente no câmbio, e da suposição de que conseguimos passar pela retirada dos estímulos nos EUA (que sequer começou) sem enfrentar uma crise cambial, temos dia após dia novas evidências de que o real está beeeeem fora do lugar.

Férias frustradas