MGLU3, VIIA3 e MELI34: O e-commerce ainda vive no Brasil?

 | 01.06.2023 10:09

 

Após o boom do e-commerce em 2020 devido a famigerada pandemia, há muita dúvida sobre o caminho que nosso mercado de comércio eletrônico pode seguir nos próximos anos?

Nos últimos anos, o comércio eletrônico experimentou um crescimento exponencial no Brasil, revolucionando a forma como os consumidores realizam suas compras. A ascensão da tecnologia e da conectividade tem impulsionado essa transformação digital, levando a uma explosão do comércio eletrônico no país.

Neste artigo, exploraremos os fatores que contribuíram para esse crescimento, os impactos no mercado e as perspectivas para o futuro do comércio eletrônico no Brasil.

O crescimento do comércio eletrônico no Brasil/h2

O Brasil passa por um interessante movimento, onde há um aumento significativo no número de consumidores que optam por comprar online.

Dados e projeções da ABComm revelam que o faturamento do e-commerce no país alcançou 150,8 bilhões de reais em 2021, aumentando para 169,6 bilhões de reais em 2022, crescimento de 12,47%. Crescimento que parece promissor, mas não quando comparado à pesquisa do Insider Intelligence, que dizia que nosso e-commerce teria um crescimento de 17,2%.

A expectativa é que esse crescimento continue, com uma projeção de faturamento de 185,7 bilhões de reais em 2023, e em projeções para 2027, o faturamento do e-commerce brasileiro será de 273 bilhões de reais, indicando grande potencial de crescimento futuro.

Principais categorias do e-commerce/h2

Dentre as principais categorias do e-commerce no Brasil, destacam-se os eletrodomésticos, que representam 17,58% de participação, seguidos por telefonia com 14,32%, eletrônicos com 11,67% e informática com 10,35%. Essas categorias têm sido impulsionadas pelo avanço tecnológico, lançamentos de produtos inovadores e o aumento da demanda por dispositivos eletrônicos.

Impactos no mercado e no comportamento do consumidor/h2

A explosão do comércio eletrônico teve impactos significativos no mercado e no comportamento dos consumidores. Dados da ABComm revelam que em 2022 foram realizados aproximadamente 368,7 milhões de pedidos no e-commerce brasileiro, demonstrando a preferência dos consumidores por essa forma de compra.

Além disso, o comércio eletrônico tem ganhado participação no varejo brasileiro. Em 2010, sua participação era de apenas 2,67%, aumentando para 7,77% em 2020 e atingindo 10,14% em 2022. Essa tendência reflete a mudança nos hábitos de consumo, com mais pessoas optando por comprar online devido à conveniência, variedade de produtos e facilidade de comparação de preços.

Como todos sabem, este movimento de grande expansão do mercado de e-commerce, foi responsável pela incrível valorização de empresas do setor no Brasil como a MGLU3 (BVMF:MGLU3) e também em multinacionais como o MELI34 (BVMF:MELI34) e as gigantes AMZO34 (BVMF:AMZO34) e Alibaba (NYSE:BABA), devido ao mesmo movimento do comércio eletrônico em outros países do mundo.

Perspectivas para o futuro do comércio eletrônico no Brasil/h2

As projeções e perspectivas para o comércio eletrônico no Brasil são extremamente promissoras. Nosso crescimento contínuo da conectividade da população é referência mundial, onde a expansão do acesso à internet e a adoção de novas tecnologias ainda têm o potencial de impulsionar ainda mais o comércio eletrônico no país. 

A expansão do acesso à internet nas regiões mais remotas do país, a expansão dos dispositivos móveis e a fidelização de antigos consumidores também devem impulsionar o crescimento do comércio eletrônico. À medida que mais pessoas adotam o uso de smartphones e se familiarizam com a conveniência das compras online, o potencial de expansão do mercado se torna ainda maior.

A expectativa é que o setor alcance novos patamares nos próximos anos, impulsionado pelas tendências tecnológicas e pelas mudanças no comportamento do consumidor.

Nem tudo são flores/h2

Além dos desafios logísticos e da concorrência acirrada, o comércio eletrônico no Brasil, e apesar de sua contínua expansão, temos alguns problemas internos que dificultam o andar da carruagem:

  1. O fantasma da inflação global ainda assombra o consumo.

  2. Altos gastos governamentais impulsionam as taxas de juros e comprimem o consumo.

  3. Risco de novos impostos e tributações sobre o consumo (como a taxação de importações de até 50 dólares em pauta no novo arcabouço fiscal).

  4. Com pouca diferenciação entre os players, a alta concorrência é esmagadora para as margens do setor. 

Considerações finais/h2

Em suma, a explosão do comércio eletrônico no Brasil representa uma revolução digital nos hábitos de consumo. Com números impressionantes de crescimento do faturamento, aumento de pedidos e participação no varejo, o setor está transformando a forma como os brasileiros compram produtos e serviços. A perspectiva é que o comércio eletrônico continue a crescer e se consolidar como uma das principais formas de comércio no país, tornando cada vez mais difícil a vida dos empreendedores do tradicional comércio. 

A era digital chegou, é realidade, e é irreversível.

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