O Novo Boom Imobiliário nos EUA

 | 20.02.2021 13:18

h2 Quero uma casa

Muito tem sido discutido, tanto aqui no Brasil quanto nos Estados Unidos, a respeito dos impactos gerados pela pandemia, principalmente no que diz respeito ao “novo modelo” de trabalho.

Grandes empresas perceberam que não há necessidade de ter todos os seus funcionários no escritório todos os dias. Bom para ambas as partes, visto que os colaboradores perdem menos tempo no trânsito e também para as empresas, que podem reduzir um pouco o custo com o aluguel de espaços comerciais.

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Todavia, muitos não possuem um espaço de trabalho adequado em suas residências. Não é incomum, nos Estados Unidos, que pessoas em seus 30 ou 40 anos ainda dividam apartamentos ou casas com roommates (colegas de quarto), principalmente em regiões superpopulosas em que o aluguel é extremamente caro.

Agora, com o benefício de trabalhar em casa alguns dias na semana, essas pessoas se veem em uma situação complicada, tendo que lidar com barulhos indesejados e hábitos não compartilhados anteriormente – ao menos não por muitas horas durante o dia –  pois a “casa”, até então, era um local utilizado apenas para dormir.

Atualmente, também existe um movimento de troca de habitações. Antes, era necessário estar perto do trabalho para não perder muito tempo no commute (deslocamento). Podendo trabalhar no conforto de sua residência, ao menos alguns dias por semana, muita gente procura se mudar de regiões disputadas a tapa, como os principais centros urbanos, para regiões mais afastadas, onde podem conseguir uma moradia melhor pelo mesmo preço.

Seja pelo motivo que for, o mercado imobiliário nos Estados Unidos passa, outra vez, por um momento de boom. Há um claro desequilíbrio entre a oferta e demanda por imóveis no país.

h2 Condições mais que propícias/h2

O mercado imobiliário nos Estados Unidos, ao menos do ponto de vista financeiro, é muito mais desenvolvido do que o brasileiro, por exemplo. A variedade de financiamentos disponíveis, bem como o empréstimo baseado em um imóvel como garantia – o famoso mortgage – permitem às pessoas o acesso muito mais fácil ao primeiro ou mesmo ao segundo imóvel.

Além disso, o momento que passamos é singular. As taxas de juros nos Estados Unidos estão extremamente baixas, inclusive para os cidadãos do país, não somente para as instituições financeiras – lá, as coisas são um pouco diferentes do Brasil, as pessoas efetivamente têm acesso a um crédito mais justo quando a taxa básica de juros está realmente baixa.

h2 O cenário atual/h2
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Os americanos estão comprando casas. As vendas de novas residências para moradia individual (single-family houses) atingiram, no ano passado, o maior nível desde o começo da última bolha imobiliária, lá em 2006, como mostra o gráfico abaixo.