O Ouro Atingirá as Estrelas ou Ficará Mesmo na Copa das Árvores?

 | 13.09.2019 11:45

O Banco Central Europeu (BCE) finalmente cortou sua taxa de depósito para a mínima histórica de -0,5%. E o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) tem a chance de cortar os juros em seguida, assim como diversos outros bancos centrais, inclusive o do Japão. A questão é: como ficará o ouro?

Se comparado com sua corrida cintilante entre maio e agosto, o desempenho do ouro nos últimos dias não foi nada menos que anêmico.

Mesmo depois da volta do BCE à flexibilização quantitativa na quinta-feira, o metal amarelo quase não conseguiu fechar em alta. A única consolação é que o ativo subiu forte no início do dia, mas reverteu o movimento antes do fechamento por causa da realização de lucros.

Até onde o ouro vai subir e quanto tempo permanecerá em alta?

Tudo isso torna difícil prever qual será o próximo rompimento de resistência do ouro, bem como até onde subirá e quanto tempo essa corrida vai durar.

Então, para retomar a questão: o que os investidores do ouro farão se o Fed cortar os juros no dia 18 de setembro, como é amplamente esperado, mesmo que seja por apenas 25 pontos-base nominais?

E se essa ação for seguida de uma sucessão de afrouxamentos pelos bancos centrais do Japão, Taiwan e Indonésia, que têm decisões de política monetária marcadas para 19 de setembro, apenas um dia após o Fed?

Será que os investidores do ouro vão querer alcançar as estrelas? Ou será que ficarão satisfeitos com apenas uma aterrissagem sobre as copas das árvores?

Duas escolas de pensamento

Há duas escolas de pensamento que tratam da direção do porto seguro financeiro favorito do mundo.

Uma defende que o rali no ouro atingiu um ponto de exaustão, ou seja, há pouco espaço para ganhos extras similares aos vistos nos últimos quatro meses. Mesmo que haja algum avanço, provavelmente será breve.

A outra defende que os investidores do metal precioso são praticamente imparáveis e podem, se as estrelas se alinharem, provocar o rompimento do topo histórico de 2011, acima de US$ 1.900 por onça.