O Próximo Setor a Colapsar (mais um??)

 | 05.02.2015 21:55

48 horas

Até então, o grande evento de recuperação da credibilidade da Petrobras, a saída de Graça Foster, de impacto mais representativo sobre as ações do que a própria descoberta do pré-sal, tem se provado (mais) uma baita de uma trapalhada.

Graça e o motim de diretores não aceitaram ficar no cargo demissionários, pelo tempo exigido pelo governo.

Pudera... Ponha-se no lugar desses caras... A proposta era entregar o balanço mais delicado da história da empresa, assinar o seu nome nele, e sair demitido, ficando, assim, com todo o risco e sem a possibilidade de defesa, ou mesmo de reconhecimento no caso de reestruturação da companhia a posteriori.

Com isso, o governo, que teve ao menos seis meses para preparar um plano de sucessão na empresa, desde o início das cobranças mais efusivas por troca de comando, agora tem 48 horas para achar seis super-homens às pressas.

Quanto mais se espera, mais drástico será o corte quando vier.

Enquanto isso, Petrobras é uma uma nau gigante sem capitão e sem tripulação.

Você embarcaria nessa?

Carta de Alforria 
(Ou: Run Grívnia, run!)

Embora haja um risco sistêmico aqui, da crise da Petrobras contagiar setor financeiro, empreiteiras, fornecedores da cadeia de óleo e gás e, consequentemente, toda a economia, algo que já ocorre, vide o seu impacto sobre o cupom cambial, sobre o risco-Brasil (tema do M5M de ontem) e a quebra de contratos com fornecedores, passemos para os demais desdobramentos da agenda. Sim, eles existem.

Não podemos esquecer que além da desGraça da Petrobras, há a DesGrécia.

E lembra do que aconteceu recentemente com a suíça?

Com juro negativo no país e limite de variação da moeda, ocorria uma incentivo para se emprestar dinheiro na Suíça e aplicá-lo em países de juro mais alto. Movimento conhecido como “carry trade”.


De repente, sem qualquer sinalização prévia, os caras se anteciparam à bomba de estímulos lançada pelo Banco Central Europeu e decidiram retirar o teto para sua taxa de câmbio. O franco suíço disparou e matou qualquer ganho obtido com diferencial de juro, evitando, assim, que o Banco Suíço tivesse de comprar uma enxurrada de euros para sustentar sua ancoragem cambial após a injeção de liquidez do BCE.

Agora, olha o que acontece com a moeda ucraniana, a famosa Grívnia (sqn)...

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