O Que Disse a Ata do Fed

 | 17.02.2022 08:51

A ata do FOMC acabou levemente mais dovish do que o esperado, sem sinalizações de um aperto monetário mais rigoroso a partir de março, não mais em 0,50, mas talvez em 0,25 pp. Os diretores do Fed preferem aguardar os indicadores e com isso, ir adotando medidas. 

Isso acabou gerando uma “reprecificação” geral dos ativos, com o enfraquecimento do dólar, queda dos yelds dos treasuries de dois anos e recuperação da bolsa de NY. 

No Brasil, o mesmo ocorreu, com o dólar “rompendo” R$ 5,13 ao fim da tarde, no menor patamar intraday desde agosto, depois de atravessar R$ 5,14, um “ponto técnico” relevante. O Ibovespa operou em boa alta, com Petrobras (SA:PETR4) pontuando, pelo petróleo acima de US$ 90, e no mercado de juros futuros, os longos recuaram, enquanto que os médios e curtos operaram quase estáveis. 

Por fim, nesta “batalha de narrativa” que se transformou o “não conflito Rússia Ucrânia”, seguem os russos estacionados com tropas na fronteira, não retirando-as totalmente, mas sim acrescentando, segundo assessores do Departamento de Estado dos EUA. Isso significa que o “pior cenário” ainda não está afastado e muito ainda precisa evoluir para que ambas as partes estabeleçam alguma relação de confiança mais consistente.