O Que Esperar Dos Investimentos em 2013?

 | 26.12.2012 12:06

O ano de 2012 foi marcado pelo agravamento da crise econômica e social mundial.

Já não há mais como esconder os problemas, pois estes deixaram a dimensão de um país do porte da Grécia e já tem tomado as principais economias mundiais como a Itália e Espanha.

Somam-se a isto o conflito social e político no Oriente Médio, preocupações com o abismo fiscal nos Estados Unidos, alta taxa de desemprego nas economias desenvolvidas, a forte desaceleração econômica nos BRICS, entre tantos outros problemas.

Isto provocou uma empreitada global dos bancos centrais e políticos para estimular a economia e resgatar os mercados financeiros, comprometendo bilhões de dólares, euros, ienes, reais e outras moedas.

Medidas e mais medidas foram tomadas, desde o oferecimento de dinheiro farto e a juros baixos, redução de impostos, do preço de energia, dois afrouxamentos quantitativos, dois LTROs, entre outras medidas.

Com tantas intervenções, qualquer um poderia pensar que estes tecnocratas bem sabem o que estão fazendo, certo?
Mas então por que, a despeito de todas essas ações, a crise continua a evoluir atingindo países maiores e mais importantes da economia mundial?

Dentro deste cenário, em que políticos e tecnocratas não apresentam renovações no repertório contra a crise, insistindo nas mesmas medidas que não estão resolvendo os problemas, o que esperar então deste ano de 2013?

A mãe de todas as bolhas está prestes a estourarVivemos um cenário conturbado.

O resultado imediato das intervenções é o aumento da dívida, quando não muito, uma forte degradação da relação dívida/PIB, em decorrência da recessão que é gerada.

Nem uma situação, tampouco outra são boas, sendo que em ambos os casos, mostra a fragilidade da economia real, que está sobrevivendo, já há um bom tempo, à custa dos constantes estímulos monetários, mostrando também que o descontrole das dívidas sempre possui um limite.

E ajustes são necessários, seja através de uma moratória, ou mesmo com um descontrole inflacionário.

E este ajuste está mais próximo do que muitos possam imaginar.

Afinal, basta olharmos o tamanho da dívida oficial americana que neste momento, ultrapassa $ 16 trilhões de dólares, o que representa uma dívida de mais de $ 52 mil dólares por cidadão americano.