O Que São as Stablecoins?

 | 27.06.2021 11:35

A alta volatilidade do mercado de metais . Os ativos são depositados em uma instituição de confiança (diferente daquela que emite a moeda), como as exchanges e a cada unidade do valor depositado é emitida uma stablecoin correspondente. Deste tipo, as mais conhecidas são o Tether e o True USD. Sendo que, esse último, é na verdade um token que transforma os dólares enviados pelos clientes às instituições cadastradas em representações desses dólares no meio digital.

Já as stablecoins atreladas à colaterais criptomoedas possuem lastro em outros criptoativos, tornando o sistema descentralizado. Para se atingir a estabilidade desejada, não deve haver um pareamento de unidade da stablecoin emitida com a unidade da criptomoeda-colateral usada como lastro. É preciso que haja um pareamento em uma razão diferente (maior que 1) para que a volatilidade da colateral (que também está na blockchain) não afete na mesma proporção a moeda lastreada.

Exemplo disso é a stablecoin DAI, emitida no valor de 1 dólar para cada 1,50 dólares de Ethereum, usado como lastro. Nesse caso, a segurança do investidor é a margem de diferença de 50% na emissão de cada DAI coin. Totalmente descentralizado, a vantagem é que as transações são muito mais rápidas e baratas, já que não há a necessidade de regulações e auditorias para verificação da moeda usada como colateral. Contudo, há mais chance de volatilidade e o preço da stablecoin depende muito do bom desempenho da criptomoeda colateral.

No caso das stablecoins não-colateralizadas funcionam como um banco Central, que emite títulos para venda, valorizando a moeda ao retirá-la de circulação, ou que recompra os títulos de dívidas emitidos, colocando a moeda de volta à circulação e desvalorizando-a. Dessa forma, a moeda digital é programada para manter o seu valor estável, eliminando unidades, caso o preço esteja muito baixo ou emitindo novas unidades ou caso o preço esteja muito acima do desejado.

Comparadas com as outras duas opções, as stablecoins não-colaterizadas são mais descentralizadas e independentes, pois não precisam gastar e nem administrar ativos como lastro. Porém, essa independência pode ser contaminada caso todo o ambiente de moedas digitais for atingido, já que não haverá nenhum colateral para manter sua estabilidade.

Além das stablecoins citadas (Tether, TrueUSD, MakerDao, Basis) ainda há outras bem conhecidas como Dólar de Gemini, que também possui lastro em dólar, mas seu diferencial está na forma de verificação e na independência entre emissor e custodiante, com o objetivo de trazer mais confiança; o token Paxos, também vinculado ao dólar americano, mas que existe apenas enquanto houver dólares correspondentes em reserva. Sempre que o PAX é devolvido para autorização, os tokens são destruídos; e a Libra, stablecoin da rede social Facebook (NASDAQ:FB) (SA:FBOK34), projeto baseado no lastro de ativos com baixa volatilidade, como títulos públicos de governos estáveis e depósitos bancários com objetivo de criar uma moeda digital que possa ser usada como um meio de pagamento global.

Em termos de uso no dia a dia, as stablecoins passeiam por três caminhos. Primeiro, como uma moeda comum, funcionando como uma espécie de moeda digital para efetuar pagamentos online, inclusive para pagamentos no exterior, sem a necessidade de conversão da moeda. Segundo, para pagamentos P2P, com contratos inteligentes para pagamentos automatizados, como pagamentos dos funcionários com criptomoedas. E, em terceiro, para enviar remessas para outros países, já que o processo é mais rápido e não exige a conversão.

O maior risco de uma stablecoin, seja ela qual for, é a questão da segurança jurídica e no token que você está listando. E no Brasil, por conta do histórico do mercado de fraudes e golpes, temos este risco dobrado, o que nos traz a necessidade de ter um cuidado maior.

Em contrapartida, com a alta desvalorização do real nos últimos tempos, as stablecoins são uma boa oportunidade para o investidor ter acesso à moeda americana. Então, de fato a utilização mais importante é alocar parte do patrimônio em dólar, com stablecoins, se protegendo da oscilação ou desvalorização excessiva do real.

Portanto, mesmo no início de sua transformação, as stablecoins são uma ótima opção para o investidor entusiasta, pois reserva um futuro interessante das moedas virtuais, aumentando as chances de uso delas no dia a dia das pessoas.

Bernardo Teixeira é o CEO da BitcoinTrade, corretora especializada no mercado brasileiro de criptomoedas.

Abaixe o App
Junte-se aos milhões de investidores que usam o app do Investing.com para ficar por dentro do mercado financeiro mundial!
Baixar Agora

Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.

Sair
Tem certeza de que deseja sair?
NãoSim
CancelarSim
Salvando Alterações