O Risco de Não Dar Certo

 | 26.01.2021 08:10

O ex-ministro Salles declarou ontem, em meio à demissão de Wilson Ferreira Jr da Eletrobrás que o “Establishment” não quer as privatizações, naquilo que no Brasil parece a maior obviedade. 

Foi quando ocorreram as diversas privatizações com sucesso durante o governo FHC que o meio político descobriu que perdeu grande parte do poder de fogo para indicações, cabides de emprego, fontes diversas de recursos havia se esvaído e com a entrada de lula e seu grupo estatista, a “alegria” voltou. 

A coisa pública (que no latim é res publica, ou seja, república) sempre foi tratada no Brasil como algo a ser explorado sem a menor piedade desde a colônia, afinal, para tais pessoas, isso “não é de ninguém mesmo”. 

O sucesso impressionante das privatizações tucanas é resultado de uma combinação complexa de eventos que, deflagrados pelo plano Real e pela necessidade de modernização do país, conseguiram avançar sob as barbas do “Establishment”, porém o uso das estatais ganhou novos contornos até muito recentemente, dos quais o meio político dificilmente se desapega. 

O sinal que o país emite é obviamente péssimo, que vai desde a insegurança mercadológica de se investir em uma empresa estatal listada em bolsa de valores, até efetivamente na insegurança jurídica e institucional de se investir bilhões diretamente em tais empresas. 

Isso facilmente se transfere à insegurança de se investir também no setor privado e assim, vai se minando cada vez mais o apetite do muito necessário capital internacional no país, cada vez mais fadado a receber aportes que busquem prêmios de maior risco. 

Aí vem o novo problema, sequer pagamos juros compatíveis com o risco que o país impõe, mantendo nossa moeda distorcida e desvalorizada frente a nossos pares internacionais, ou seja, nossos competidores pelo capital global. 

E nesta distorção de câmbio, multiplicam-se os efeitos inflacionários e de perda de poder de consumo da população, num país que consegue ser ao mesmo tempo fechado (só taxamos menos importação que a Venezuela) e tão miseravelmente dependente das importações. 

Enquanto isso, o mundo começa a impor novos desafios e nós sequer resolvemos os nossos antigos. Brasil mostrando sua cara. 

ABERTURA DE MERCADOS 
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, com o avanço da temporada de balanços corporativos. 

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Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, deflagrando a correção dos ativos, após novos recordes nas bolsas de valores 

O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos. 

Entre as commodities metálicas, quedas, exceto minério de ferro. 

O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, apesar do aumento dos casos de COVID-19 no mundo. 

O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,29%. 

CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,4672 / -0,06 %
Euro / Dólar : US$ 1,21 / -0,058%
Dólar / Yen : ¥ 103,77 / 0,029%
Libra / Dólar : US$ 1,37 / -0,124%
Dólar Fut. (1 m) : 5466,58 / 1,86 %
 
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,40 % aa (3,90%)
DI - Janeiro 23: 5,19 % aa (1,17%)
DI - Janeiro 25: 6,79 % aa (2,57%)
DI - Janeiro 27: 7,50 % aa (3,31%)
 
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,8016% /  117.381 pontos
Dow Jones: -0,1193% /  30.960 pontos
Nasdaq: 0,6862% /  13.636 pontos
 
Nikkei: -0,96% /  28.546 pontos
Hang Seng: -2,55%  /  29.391 pontos
ASX 200: 0,36% /  6.825 pontos
 
ABERTURA
DAX: 1,436% / 13839,90 pontos
CAC 40: 0,949% / 5524,27 pontos
FTSE: 0,501% / 6672,12 pontos
 
Ibov. Fut.: -0,82% / 117450,00 pontos
S&P Fut.: 0,370% / 3848,40 pontos
Nasdaq Fut.: -0,291% / 13435,50 pontos
 
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,19% / 80,13 ptos

Petróleo WTI: 0,47% /  $53,02
Petróleo Brent: 0,59% /  $56,21
 
Ouro: -0,14% /  $1.853,40
Minério de Ferro: 0,29% / ‎¥‎ $169,78
 
Soja: 0,17% / $1.345,50
Milho: 0,68% /  $514,75
Café: 0,28% /  $123,60
Açúcar: -0,19% /  $15,71
 
 
 
 
 

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