Saiba o que Esperar dos EUA, Arábia Saudita e Rússia na Reunião da Opep+

 | 08.04.2020 09:07

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus parceiros da Opep+ planejam realizar uma reunião virtual na quinta-feira (9), a fim de discutir a realização de cortes de produção, em face da derrocada dos preços e do excesso de oferta cada vez maior. Há cerca de um mês, tudo levava a crer que o grupo Opep+ tinha entrado em otimista com a perspectiva de um corte de 10 a 15 milhões de barris por dia (bpd) na produção de petróleo que o presidente americano mencionou em seus tuítes na última sexta-feira (3). No entanto, o processo não é tão nítido como o tuíte de Trump o descreveu.

Embora a reunião da Opep+ ainda esteja para acontecer, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos já indicaram que qualquer corte de produção por parte da aliança Opep+ também convidados para essa reunião da Opep+ como observadores, mas não se sabe ainda quais participarão, se é que algum participará. Os EUA já recusaram o convite.

Alguns analistas têm insistido que a Opep+ está adotando uma postura inteligente ao pressionar produtores fora da aliança a participar dos cortes. Se isso é inteligente ou não, pouco importa para os investidores. É fundamental entender que se trata de uma manobra sem precedentes. A Opep costumava agir por si só, com raras solicitações de engajamento de países externos. Em 2014, a Arábia Saudita excedeu sua produção quando não conseguiu equilibrar o mercado, mas não fez uma tentativa séria de pressionar quaisquer produtores, exceto seus parceiros de cartel. Em seguida, o grupo ampliou a participação na forma da Opep+. Agora, tudo indica que essa aliança quer que todos os outros produtores façam parte dos acordos, o que não se coaduna com o comportamento passado do grupo.

Como tem ocorrido em praticamente todas as reuniões da Opep+, a Arábia Saudita e a Rússia são os membros principais. Fugindo da sua posição tradicional em relação à Opep, os EUA aparentemente exercerão um papel importante. Saiba o que observar quanto às posições de cada um desses países:

Arábia Saudita

A Arábia Saudita provou uma queda de 30% nos preços do petróleo em um único dia no mês de março, em reação à contrariedade da Rússia com os cortes, comprometendo-se a elevar a produção e reduzir os preços para alguns dos seus clientes. Isso aconteceu há um mês.

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