Ouro Continuará Derretendo Após Decepção com Relatório de Empregos nos EUA?

 | 08.09.2021 11:25

Uma vez mais os analistas se esforçam para explicar a liquidação sem sentido ocorrida no ouro, quando seus preços deveriam estar explodindo após o péssimo relatório de empregos nos EUA em agosto.

Mas, em vez de explodir, o metal implodiu, nada inusual para o ouro, desde que o metal atingiu as máximas acima de US$2000 por onça pela primeira vez há cerca de 13 meses.

A fraqueza de terça-feira pode ser um “clássico recuo devido a uma reação exagerada”, como disseram os analistas da Zaner, referindo-se à queda de US$35, ou 2%, marcando o mais forte deslize diário em um mês para o contrato futuro do ouro mais ativo na COMEX em Nova York, que também provocou o fechamento mais baixo desde 26 de agosto.

Eu diria que quem exagerou foi a venda, em vista do moderado rali de sexta-feira na Comex, que produziu um ganho de apenas US$22, ou 1,2%, no contrato mais ativo para dezembro.

Ross J. Burland, que escreve para o FXStreet, descreveu melhor o cenário ao dizer que “os investidores do ouro não tiveram o almoço grátis que esperavam por causa dos dados de emprego mais fracos nos EUA; pelo contrário, estão diante do abismo mais uma vez".

No pregão desta quarta-feira à tarde em Cingapura, o ouro para dezembro girava em torno de US$1.798,80, praticamente estável em relação ao fechamento de ontem, após registrar pico em US$1.802,70 mais cedo, no que parecia ser um repique da queda excessiva de terça-feira.

O revés do ouro ocorreu na esteira da valorização do dólar, na medida em que a moeda americana também se recuperou após seis dias difíceis que culminaram com o relatório de empregos de sexta-feira, os quais ficaram quase 70% abaixo da meta.