Ouro pode atingir US$1800, caso dólar e treasuries se comportem assim...

 | 24.11.2022 10:08

  • Desvalorização do dólar pode ajudar o ouro a voltar para a região dos US$ 1800-1850.
  • Taxa dos títulos americanos volta para baixo de 3,85%, importante suporte.
  • Mesmo uma queda no curto prazo para US$ 1.721 pode não alterar o repique no gráfico mensal.
  • Na semana passada, escrevemos sobre a possibilidade de o ouro romper o patamar de US$ 1800 por onça-troy, dependendo do comportamento do dólar e das taxas dos títulos americanos. Várias previsões técnicas que fizemos acabaram se concretizando; por isso, vamos listá-las aqui.

    Porém, o mais importante é determinar qual deve ser a ação dos preços da moeda americana e das treasuries para que o ouro atinja nosso alvo.

    Já afirmei que a frase “um não existe sem o outro” é a mais aplicável ao ouro no contexto da sua relação direcional com o câmbio e o rendimento dos títulos. Em poucas palavras, para que o metal amarelo continue se valorizando, pelo menos um dos outros dois ativos precisa perder valor.

    O ouro, o dólar e as taxas das treasuries caminham de forma correlacionada, principalmente nos últimos tempos, em meio a expectativas de que o Federal Reserve promova uma alta de 50 pontos-base (pb) nos juros em 14 de dezembro, e não mais de 75 pb, como era esperado, realizando o tão falado “pivô”, ou mudança de postura.

    Essa expectativa de virada na política monetária dos EUA se deve à constante redução da pressão inflacionária na forma dos preços ao consumidor e ao produtor. O banco central americano divulgou a ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto, responsável pela política de juros no país, reafirmando sua intenção de realizar o “pivô”.

    O contrato futuro do ouro para entrega em dezembro na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York era negociado com uma alta de 0,76%, a US$ 1.758,70, às 9h45 de Brasília, após registrar uma queda de cerca de 1% na semana passada.