Ouro Vai Parar de Cair Após Trump Dizer que EUA Podem Entrar em Recessão?

 | 17.03.2020 12:22

Em circunstâncias normais, um corte de juros emergencial teria sido suficiente para satisfazer Wall Street. Mas estamos vivendo tempos extraordinários; por isso, até mesmo fracasso fragoroso do Fed no seu corte de um ponto percentual na taxa de juros e promessa de compra de títulos na ordem de US$ 700 bilhões, perdendo apenas para a épica queda no Dow Jones.

A resposta curta para essa questão agora é “não”, mas pode ser que ela mude com o tempo.

Como a maioria dos participantes do mercado já percebeu, o que está acontecendo com o ouro neste momento não faz sentido sequer do ponto de vista dos fundamentos. Na condição de porto seguro por excelência – ao lado dos títulos do Tesouro americano, evidentemente –, o ouro deveria estar a US$ 1.800 por onça, talvez até registrando uma nova máxima recorde acima de US$ 1.900, em razão da grande incerteza gerada pelo Covid-19 em praticamente todos os setores.

Em vez disso, considerando seu valor relativo – vis-à-vis o Dow, que já perdeu quase 30% no ano, o ouro se desvalorizou apenas 3% – o metal amarelo se tornou o “caixa eletrônico” para quem sofreu perdas ou teve que aumentar as margens nas ações. A superliquidez do mercado de ouro se tornou, ao mesmo tempo, uma dádiva e uma maldição para o metal, já que ele passou a ser alvo de vendas até nas menores correções.

Próxima mínima pode levar o ouro para baixo de US$ 1.450 ou, até, de US$ 1.400

Com base nos gráficos, se os futuros do ouro perderem a mínima de novembro a US$ 1.447,10 – que está a apenas US$ 40 de distância – a próxima mínima a ser defendida estaria a US$ 1.382,80, cravada em julho passado.

Considerando a posição do mercado neste momento, a distância para esse alvo é de apenas US$ 100. No entanto, em razão da força da liquidação no ouro na semana passada, que atingiu o ritmo de um elevador em queda livre, tudo indica que os US$ 1.400 teriam uma defesa fraca.

Não sou o único com essa visão.

Jeffrey Halley, veterano de commodities na OANDA, tem um pensamento similar.

“Embora os fundamentos sejam quase gritantes no sentido de que o ouro deveria estar subindo, devemos respeitar o que os mercados e a ação dos preços estão nos dizendo”, escreveu Halley em uma nota na terça-feira.

O analista complementou:

“No entanto, estou vendo que o nível de suporte técnico de longo prazo a US$ 1.450 por onça foi bastante defendido no overnight, sendo inclusive a mínima do período. Os touros que ainda estiverem de pé podem querer usá-lo como ponto de partida para reentrar no mercado. Gostaria de ressaltar, no entanto, que um fechamento semanal abaixo desse nível implica perdas maiores abaixo dos US$ 1.400 por onça.”

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