Cristiane Fensterseifer | 24.03.2023 09:42
Enquanto nós todos SANGRAMOS OS JUROS ALTOS a espera do novo arcabouço fiscal...o que viralizou esta semana foi uma entrevista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva falando em F*der os inimigos.
Após a PEC da Transição fazer mais um furo no já esburacado teto de gastos e precisamos urgentemente de uma nova regra fiscal para poder baixar os juros e salvar nossa economia!
Fazer um superávit primário sem cortar gastos e aumentar impostos é tarefa para mágico.
Com um clima belicoso então, é mais difícil ainda, afinal um governo em guerra com os poderes não aprova nada fácil.
Convenhamos, um clima de guerra não é muito construtivo no cenário atual.
O presidente da Câmara, Arthur Lira deixou claro, na minha opinião, o seu lado no campo de batalha:
O Copom não pode "ficar longe da meta de inflação e que não pode fazer análise com base em texto que nem foi apresentado, ao se referir ao arcabouço fiscal."
Ontem, o Ibovespa caiu abaixo dos 99 mil pontos, após oito meses negociando acima disso.
O dólar, para onde os investidores correm quando o risco aumenta, subiu para perto de R$ 5,30 e os juros futuros também avançaram.
O mercado estava otimista para uma possível redução da Selic na reunião de maio.
Ontem, mesmo a ministra Simone Tebet falou que o arcabouço fiscal poderia levar a uma queda de juros em 45 dias.
Acontece que o tal arcabouço fiscal, que seria apresentado esta semana, ficou para depois da visita do Lula e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à China.
Além disso, na quarta-feira o Copom manteve nossa Selic em 13,75% e, nos EUA, o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) aumentou em 0,25 bps os juros.
O que pegou então?
O que piorou a situação foi o que foi falado após as decisões, aqui e lá.
Ambos os bancos centrais falaram que podem aumentar MAIS a taxa de juros dependendo de como andar a inflação.
O mercado esperava que a crise bancária ficasse mais ameno o discurso de altas futuras de juros.
Lembre-se da quebra iminente do Credit Suisse (SIX:CSGN) que foi salvo com uma aquisição pelo UBS (SIX:UBSG) no último fim de semana, após a quebra do Silicon Valley Bank (NASDAQ:SIVB) no EUA.
MAS NÃO FOI O QUE ACONTECEU.
Ontem, o Banco da Inglaterra também elevou sua taxa básica 25 pontos-base, e reafirmou que pode haver mais aperto.
Acalme-se, nunca foi fácil!
Mas estamos cheios de oportunidades!
A Selic mais alta pega principalmente nas empresas mais alavancadas e tech, como a Magazine Luiza (BVMF:MGLU3) que ontem caía mais de 10%.
Muita gente correu para me perguntar o que fazer!
Eu, como uma investidora e profissional com mais de 17 anos no mercado trago uma palavra de tranquilidade para você.
SEJA A RAINHA ELIZABETH!
Neste dias como hoje, o melhor – e mais difícil - é NÃO FAZER NADA.
Isso mesmo, espere a poeira baixa, desligue o Home Broker...
A bolsa brasileira sempre foi muito volátil e também já deixou muita gente rica (mas deixou outros pobres, os que não souberam diversificar e alocar corretamente entre diferentes classes de risco).
h2 Fuja da alavancagem no cenário atual!/h2Temos muitas muitas oportunidades excelentes de procurar retornos exponencial sem correr risco de alavancagem excessiva nas ações que investimos, pegando ótimas empresas que tem mais caixa do que dívidas e até ganham receitas financeiras maiores com a Selic alta!
Vamos atravessar as turbulências com bastante confiança e aproveitar as oportunidades que surgem das crises.
E POR ULTIMO, VOU INSISTIR NOVAMENTE:
DIVERSIFIQUE, DIVERSIFIQUE, DIVERSIFIQUE
ABRAÇOS
Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
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