Pare, Não Seja o Próximo Pato do Mercado

 | 22.08.2016 16:33

O próximo foguete da bolsa?

O sol não dá duas voltas em torno da Terra sem que alguém de nosso time receba um e-mail no seguinte formato: “Olá, estou vendo que as ações da Merposa estão subindo 80 por cento hoje. Gostaria de saber por que vocês não estão recomendando a compra dessa ação.”

Espere: você nunca ouviu falar em Merposa? Sabe de nada, inocente. No começo dos anos 70 a bolsa brasileira vivia tempos de loucura: qualquer um comprava qualquer coisa e a todo dia apareciam IPOs esdrúxulos (estou falando da década de 70, mas podia ser 2007…). Um belo dia alguém chega anunciando o IPO da Merposa, uma grande companhia… muita gente quer comprar as ações, mesmo sem saber direito do que se tratava. Ao final, era uma brincadeira: Merposa era a sigla para "M*rda em Pó S/A”. Emblemático, não?

A história está fadada a continuar se repetindo. Alguém começa a puxar as ações de uma empresa totalmente esquecida — e assim o é porque se trata, via de regra, de uma companhia cronicamente ruim — e a notícia se espalha pelo mercado como rastilho de pólvora. Nos fóruns, autoproclamados gurus juram que a empresa é a próxima grande tacada da bolsa, sem explicar direito o porquê. Investidores ávidos por um “ganho fácil” fazem suas apostinhas sem saber direito o que estão comprando, alimentando a alta. De repente o movimento cessa: do pó veio, ao pó retorna. E daí saem investidores traumatizados dizendo que a bolsa é um cassino — vejam a ironia...

Simplesmente pare: por favor, não seja o próximo pato do mercado.

Mais do mesmo

Mercados em queda quase unânime hoje. Lá fora, mercados insistem ad nauseam em especulações a respeito da elevação de juros nos EUA, fazendo eco às declarações de Stanley Fischer e no aguardo das palavras de Janet Yellen. Diante de índices muito próximos das máximas históricas e sem catalisadores imediatos para novas altas, investidores simplesmente realizam.

Por aqui, ao reflexo dos mercados internacionais se soma a já habitual impaciência com as idas e vindas do governo Temer.

Já insisto há algum tempo que os níveis dos mercados lá fora parecem muito mais guiados por excesso de liquidez do que por melhora de fundamentos econômicos. Ainda lembram do "1/x"?

Resgates de alto risco

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Já se vão seis anos desde o histórico resgate dos trinta e três mineiros de San Jose, e a tradição chilena de sucesso em operações de alto risco continua aqui na Empiricus.

No Empiricus Insider, Carlos Herrera vai ao socorro de empresas enfrentando todo tipo de tormenta: possibilidade de falência, complicados processos de reestruturação, mercados em transformação e outras situações especiais.

Diante de riscos inerentemente altos, exigem-se cuidados redobrados com segurança. O Herrera segue os protocolos à risca, em busca de finais felizes e retornos extroardinários.

Chi-chi-chi! Le-le-le!

Será que o Temer lê o M5M PRO?

Ainda sexta passada falávamos de AGRO3 (SA:AGRO3) — quem é PRO, viu primeiro... Comentávamos que, embora tenham sido momentaneamente deixados de lado por conta de outras pautas mais urgentes, os planos do governo com relação ao relaxamento das restrições às compras de terras por estrangeiros seguiam inalterados, e que tal liberação poderia destravar valor na empresa, dada a demanda estrangeira (chinesa, principalmente) por ativos brasileiros.

Agora suspeito que o presidento seja nosso leitor: foi só tocar no assunto aqui para o assunto voltar aos jornais. A notícia é que Temer não só tem a intenção de trazer o tema de volta à roda em breve, como desenhou um estratagema para lidar com a inevitável oposição dos partidos vermelhos: pretende condicionar as aquisições à doação de parte das terras para o programa de reforma agrária. Será que os parlamentares petistas terão coragem de votar contra uma proposta que favorece o MST?

Reiteramos a tese: a revogação das restrições à venda de terras a estrangeiros (coisas de Dilma, aliás…) em um momento de farta liquidez global e crescente interesse pelo país deve se traduzir em uma reavaliação dos ativos das empresas agrícolas. Apostamos em AGRO3.

Aja antes de dar tchau pra Dilma

Mal consigo acreditar, mas tudo indica que esta é nossa última segunda-feira com Dilma Rousseff. Esperamos ansiosamente pela chance de virar, para sempre, essa triste página de nossa história. Confesso, porém, que temo ficar sem ter do que rir. Ainda bem que as campanhas para vereador estão começando.

Enquanto o Sérgio Chapelin prepara uma retrospectiva dos melhores momentos da presidenta (e, convenhamos, a coletânea é longa…), repercuto o alerta da Marília: na espera da decisão final do impeachment, há dinheiro em cima da mesa nos títulos de renda fixa. Insistimos, há tempos, principalmente nas oportunidades de fechamento de taxas de longo prazo, mas a coisa não para por aí.

Recomendo fortemente uma boa olhada no Empiricus Renda Fixa desta semana. A Dilma há de levar, com ela, algumas das boas oportunidades que estão no mercado. Aja agora.

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