Payroll: o Que Muda Para o Investidor

 | 02.09.2022 15:42

Um dos dados macroeconômicos mais aguardados nesta semana, o Payroll registrou a criação de 315 mil vagas de emprego em agosto, acima do esperado pelo mercado, que era de 300 mil. Porém, a taxa de desemprego passou de 3,5% em julho para 3,7% no mês em questão.

Como sabido, a decisão do Federal Reserve, Fed, na condução da política monetária americana corrobora com o cenário inflacionário e do mercado de trabalho, ou seja, investimentos em renda fixa e variável e no próprio dólar são afetados por essas duas variáveis econômicas.

Neste contexto, analiso o resultado do Payroll e constato dois fatos: o primeiro é que os juros americanos continuarão subindo, apesar do número menor do payroll de agosto frente a julho e a desaceleração da inflação ao consumidor em julho, mas que conta com um mercado de trabalho resiliente.

Já o segundo fato se baseia na magnitude da próxima alta dos Fed Funds que poderá perder fôlego diante o 0,75 ponto percentual verificado na última decisão do Fed, ou seja, a alta nos juros ocorrerá, porém, há chances de 0,50 ponto percentual.

Ao observar o Monitor da Taxa de Juros do Federal Reserve de ontem, a expectativa do mercado com relação à possibilidade de alterações nas taxas de juros americanas apresentava uma probabilidade 73% para mais uma alta de mais 0,75 p.p nos juros na reunião do FOMC que ocorre neste mês. Hoje, após os dados do payroll, a probabilidade para a alta de 0,75 p.p. caiu para 57%.