PEC dos Precatórios e Covid no Radar

 | 25.11.2021 09:32

Roberto Campos Neto, presidente do BACEN, mais dovish, deu uma “esvaziada” no mercado, ao não emitir sinais de que vá acelerar o ritmo de ajuste da Selic no Copom de dezembro, não dando muita ênfase ao centro da meta inflacionária no ano que vem, embora reconhecendo a “desancoragem” de expectativas. Isso derrubou o juro futuro curto, embora o dólar tenha “operado de lado” nesta quarta-feira, e a bolsa de valores em segundo dia de alta, depois de uma semana no negativo. 

Sobre a PEC dos precatórios, o CCJ marcou a votação para o dia 30 de novembro e o relator da MP do Auxílio Brasil deve retirar a indexação do INPC, em troca de apoio de proposta. 

Falando da ata do Fomc, não chegou a alterar a dinâmica do mercado local, enfatizando a necessidade de flexibilidade na redução das compras de ativos. 

PEC dos Precatórios

Fernando Bezerra, relator, acredita que aprova esta PEC na CCJ na próxima terça-feira. Os senadores, no entanto, não têm tanto esta certeza. O reajuste do auxílio Brasil pelo INPC parece que foi arquivado. Por outro lado, o Auxílio Brasil foi mantido como permanente, embora sem haver recursos para o seu financiamento a longo prazo. Se confirmado, isso pode significar o desrespeitar da LRF. 

Nos EUA

Na ata do FOMC, saber, ao certo, qual o ritmo ideal do tapering não parece ter sido “consensual” entre os membros. A Ata do FOMC, desta quarta-feira, reiterou o que foi dito no comunicado e na coletiva de Jerome Powell depois da reunião de 3 de novembro. Havia uma divisão entre os diretores regionais sobre se deveriam acelerar o ritmo de redução em novembro (hoje em US$ 15 bilhões), mas outros ainda preferirem esperar novos dados para a tomada desta decisão (eventualmente em dezembro). O diagnóstico oficial mudou para uma inflação com a “expectativa” de ser transitória, revelando preocupação maior que a sinalizada antes. Isso deve reforçar a precificação do mercado de alta de juros de forma antecipada: não mais na virada do terceiro para o quarto trimestre, mas entre o segundo e o terceiro (entre junho e julho). 

INDICADORES

No Brasil

Arrecadação federal em outubro somou R$ 178,74 bilhões, no ano acumulando R$ 1,52 trilhão. Alta real foi de 4,9% contra o mesmo mês do ano passado, avançando 18,4% contra setembro e 20,0% no ano. 

Nos EUA

PIB do terceiro trimestre, na segunda leitura, cresceu num ritmo anualizado 2,1%, contra previsão de 2,2%. 

Pedidos de seguro de seguro desemprego recuaram ao menor nível desde 1968. Foram a 199 mil, recuando 71 mil na semana. (previsão 260 mil).  

O índice de preço PCE de outubro foi a 0,6% no mensal, contra o prévio de 0,4%, e 5,0% no anual, contra 4,4% no prévio. O núcleo mensal foi a 0,4%, dentro do esperado (prévio 0,2%), e anual, a 4,1% (prévio 0,2% e 3,7%, respectivamente). No terceiro trimestre, o PCE foi a 5,3% e o núcleo a 4,5% contra o anterior. 

Pedidos de bens duráveis caíram 0,5% em outubro contra setembro. (previsão +0,2%). Núcleo subiu 0,5%, dentro do previsto. 

Índice de Michigan da Percepção do Consumidor de novembro foi a 67,4 pontos, contra projeção de 66,8, no prévio a 71,7. Na leitura final foi a 63,5, contra projeção de 63,0 e prévia de 67,9. 

A renda pessoal mensal de outubro cresceu 0,5%, contra projeção de 0,2%, no prévio recuando 1,0%, e o consumo pessoal 0,7%, contra prévio de 0,3%. 

As vendas de casas novas de outubro avançaram 0,4%, a 745 mil, contra projeção de 800 mil e prévia de 742 mil.

Estoques no atacado subiram 2,2% em outubro contra setembro.     

Mercados

Esta quarta-feira (dia 23), mais um pregão com muita volatilidade, o Ibovespa deu outra respirada ao final, subindo 0,83%, a 104.514 pontos, no mercado cambial, o dólar ganhando força, diante da perspectiva de antecipação do juro nos EUA, e depreciação da lira turca. Ao fim do dia, subiu 0,25%, a R$ 5,594. 

Na madrugada do dia 25/11, na Europa (05h12), os mercados futuros operavam em alta: DAX (Alemanha) avançando 0,40%, a 15.942 pontos; FTSE 100 (Reino Unido), +0,17%, a 7.298 pontos; CAC 40 +0,48%, a 7.298 pontos, e EuroStoxx50 +0,53%, a 4.298 pontos.

Na Europa, o euro tem enfrentado pressão de venda nas negociações, sendo que o anúncio da coalizão na Alemanha enfrenta o desafio de anunciar ou não lockdown no país. Na coalizão do novo primeiro ministro Olaf Sholz, são três partidos a “costurarem”, SPD, Verdes e FDP, no que chamam de “acordo semáforo”, por cada um representar uma cor, vermelho, verde e amarelo, respectivamente.  

Carga potencial da doença de Covid-19 será “muito alta” em dezembro a janeiro, a menos que medidas urgentes sejam adotadas, segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças. Segundo eles, há grupos populacionais e faixas etárias com cobertura vacinal abaixo do esperado. Isso pode ser visto com clareza na tabela a seguir, com os países que não avançaram muito na vacinação como os mais afetados.   

Na madrugada do dia 25/11, na Ásia (05h11), os mercados operaram mistos: S&P/ASX (Austrália), +0,11%, a 7.407 pontos; Nikkei (Japão) +0,67%, a 29.499 pontos; KOSPI (Coréia), -0,47%, a 2.980 pontos; Shanghai Composite -0,24%, a 3.584, e Hang Seng, +0,18%, a 24.730 pontos.

No futuro nos EUA, as bolsas de NY, no mercado futuro, operavam em alta neste dia 25/11 (05h10): Dow Jones, +0,36%, 35.876 pontos; S&P 500, +0,31%, a 4.713 pontos, e Nasdaq +0,32%, a 16.420 pontos. No VIX S&P500, 20,12 pontos, -1,12%. No mercado de Treasuries, US 2Y recuando 0,05%, a 0,6437, US 10Y -0,08%, a 1,643 e US 30Y, -0,16%, a 1,968. No DXY, o dólar -0,18%, a 96,965, e risco país, CDS 5 ANOS, a 244,9 pontos. Petróleo WTI, a US$ 78,16 (-0,29%) e Petróleo Brent US$ 82,14 (-0,13%). Gás Natural avançando  0,55%, a US$ 5,10 e Minério de Ferro, +1,83%, a US$ 611,50. 

Na agenda desta quinta-feira (25), no Brasil, atenção para o IPCA-15 de novembro, ainda pressionado, Sondagem de Construção de novembro da FGV, Setor Externo de outubro, do BACEN e Caged de outubro. No exterior, o PIB do terceiro trimestre na Alemanha, e a ata do BCE.   

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