Performance com Consistência: Quais as Melhores Ações da Bolsa?

 | 10.07.2020 09:05

Nesta semana, analiso a robustez da performance dos 100 papéis mais líquidos da bolsa, ou seja, aqueles que compõem atualmente o IBrX 100. Por robustez, entende-se como a consistência de entrega de resultados acima do mercado. Para mensurar esta consistência, utilizo quatro períodos de análises diferentes: 1 mês, 3 meses, 6 meses e 12 meses.

Como métrica de performance, utilizo o IC (índice Campani), que desenvolvi e expliquei aqui nesta coluna ao longo de três textos em maio. Neles, mostro porque é muito superior ao tradicional índice Sharpe e superior à alternativa normalmente utilizada no mercado (índice Sortino). O IC ajusta a performance pelo risco de maneira apropriada, beneficiando ativos que entregam determinado retorno com menor risco. No final das contas, a interpretação, claro, é a mesma do que no caso do índice Sharpe: quanto maior o IC, melhor a performance do papel.

Quanto mais consistente for a performance do papel, ceteris paribus, mais confiança temos de que o papel continuará desempenhando acima da média. Claro, todo papel está sujeito a idiossincrasias (o chamado risco específico, que já analisei aqui nesta coluna antes). Não obstante, uma estratégia bastante comum é formar uma carteira com vários desses papéis para reduzir ao máximo esse risco específico e fazer valer, em média, a consistência das performances dos papéis escolhidos.

Na figura abaixo, portanto, listei as 20 melhores performances considerando cada horizonte de análise (1, 3, 6 e 12 meses). Note que há seis papéis, todos em negrito, aparecendo nos quatro rankings (quase sempre na parte superior da tabela). São eles: MGLU3, BTOW3, WEGE3, BPAC11, TOTS3 e B3SA3. Esses papéis vêm demonstrando performance consistentemente acima da média para o período de análise em tela.