Petrobras: As Novas Velhas Histórias de Ano Novo

 | 02.01.2020 10:15

O ano de 2020 já começou e uma das principais medidas do pacote de reformas do ministro da Economia, Paulo Guedes, está praticamente definida e envolve a Petrobras (SA:PETR4). Mas o seu desfecho é diferente do que se esperava.

Trata-se da retomada do crescimento econômico, com a abertura do mercado de Gás Natural acordado entre a estatal brasileira e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), com prazo para acontecer até 2021. Com o objetivo de estimular a concorrência e reduzir o preço do Gás Natural, as negociações da Petrobras (SA:PETR4) com a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) tem papel importante no processo.

A virada do ano marcou o encerramento do contrato de importação do Gás boliviano pela Petrobras (SA:PETR4), que passa a ficar sob um acordo de transição que garante a entrega do produto até 10 de março (70 dias), enquanto costuram um novo contrato de longo prazo. A assinatura, porém, deve ocorrer somente após a retirada do volume residual de 0,04 trilhão de pés cúbicos acumulados nos últimos anos e que podem levar até três anos para serem consumidos. Mas o que realmente chamou a atenção no novo contrato foi a contratação da capacidade total do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) para 2020 pela Petrobras, renovando o monopólio de uso do Gasbol por mais um ano e frustrando a expectativa de abertura do mercado de Gás neste ano.

Em julho de 2019, a Petrobras (SA:PETR4) anunciou o leilão de venda de 51% da rede Brasil- Bolívia. Na época, o anúncio despertou o interesse na companhia boliviana de expandir os negócios em solo brasileiro através das negociações diretas com empresas distribuidoras e indústrias privadas, evitando a intermediação de terceiros. Tudo caminhava para esse sentido até que aconteceu a renúncia do ex-presidente boliviano Evo Morales e a escalada da tensão local.

Fica agora a expectativa longínqua sobre 2021, quando a Petrobras (SA:PETR4) pretende reduzir a capacidade contratada, liberando a outra parte para as demais empresas. Claro que estamos falando de uma companhia estatal em um ano “chave” para o atual governo, além, é claro, de que o ano está apenas começando. Nada como o bom e velho choque de realidade para saudar 2020. Feliz Ano Novo!

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