Petróleo: Oferta, juros e Ucrânia podem impulsionar rali até US$ 90?

 | 20.03.2024 13:29

  • O barril do petróleo West Texas Intermediate (WTI) deve fechar o primeiro trimestre de 2024 com grande valorização, revertendo a tendência de baixa que marcou o final de 2023.
  • Fatores como as tensões geopolíticas na Ucrânia e no Oriente Médio, a potencial recuperação econômica da China e os cortes de produção persistentes pela Opep+ estão impulsionando um aumento na demanda.
  • Os preços podem atingir máximas perto de US$ 94 por barril, influenciados por ataques recentes à infraestrutura petrolífera russa e revisões nas previsões de demanda pela Agência Internacional de Energia (AIE).
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  • O primeiro trimestre de 2024 pode ver o petróleo bruto WTI subir pelo menos 15%, marcando o fim de uma tendência de queda que começou em meados de 2022 e se estendeu pelos terceiros e quartos trimestres de 2023.

    A ofensiva ucraniana recente contra a infraestrutura petrolífera russa, especialmente em locais como Rizan, Kshtsovo e Kirsakh, exacerbou as restrições de oferta, elevando os preços globais. O conflito contínuo no Oriente Médio e as interrupções no transporte marítimo na bacia do Mar Vermelho também contribuem para a pressão de demanda.

    A AIE ajustou suas expectativas de demanda global para 2024, aumentando a previsão em 110.000 barris por dia, chegando a 1,3 milhão de barris diários. Esse crescimento é atribuído principalmente à recuperação econômica na China e ao crescimento contínuo nos Estados Unidos.

    As decisões da Opep+, responsável por mais de 40% da produção global de petróleo, são um fator chave na determinação dos preços. A expectativa é que os cortes de produção anunciados anteriormente se mantenham, com o Iraque e a Arábia Saudita anunciando reduções adicionais nas exportações.

    Do ponto de vista técnico, os operadores comprados no WTI estão mirando a zona de oferta de US$ 90 por barril como o primeiro alvo.