Petróleo, Ouro e Cobre Seguem em “Corrida de Revezamento” de Alta das Commodities

 | 18.03.2022 10:37

Este artigo foi escrito exclusivamente para o Investing.com

  • Novas máximas no cobre e uma correção; ouro entra na festa
  • Alumínio atinge novas máximas; níquel e outros metais comuns alcançam picos plurianuais
  • Petróleo segue rumo a novo recorde; derivados disparam
  • Sinais de hiperinflação
  • 3 razões pelas quais as commodities continuarão em alta
  • Grandes correções no horizonte

No primeiro semestre de 2020, os preços das commodities, assim como os de todas as outras classes de ativos, caíram por causa da pandemia global que atingiu os mercados.  Depois de atingir mínimas plurianuais, os preços se estabilizaram e começaram a se recuperar.  A liquidez injetada pelos bancos centrais e os estímulos governamentais respaldaram o sistema financeiro global, e os mercados de matérias-primas iniciaram ralis agressivos. Em agosto de 2020, o ouro tornou-se a primeira commodity a atingir um novo recorde histórico, e muitas outras matérias-primas fizeram o mesmo em 2021.

O banco central dos EUA, o Departamento do Tesouro americano e diversas outras autoridades atribuíram as altas de preços responsáveis pela inflação aos gargalos da cadeia de fornecimento gerados pela pandemia.  Em maio de 2021, os preços do cobre, paládio e madeira serrada alcançaram novas máximas históricas. No fim de 2021, o Fed e outros bancos centrais finalmente admitiram que a inflação era muito mais estrutural do que “transitória” e começaram a traçar planos para aumentar as taxas de juros de curto prazo e encerrar a compra de ativos até março de 2022.

No fim de fevereiro de 2022, a Rússia invadiu a Ucrânia, provocando a primeira grande guerra em solo europeu desde a Segunda Guerra Mundial. A Rússia é uma das principais produtoras de commodities. Sanções, embargos e problemas na cadeia de fornecimento provocados pela guerra no Leste Europeu só contribuem com as pressões inflacionárias. A invasão russa e as sanções subsequentes provocaram uma disparada dos preços das commodities. Nos últimos dias, o cobre, ouro, níquel, carvão, trigo e muitas outras matérias-primas atingiram novas máximas recordes. O “bull market” nas commodities já havia começado antes mesmo da guerra na Ucrânia, que só jogou combustível no incêndio inflacionário.

h2 Novas máximas no cobre e uma correção; ouro entra na festa/h2
Abaixe o App
Junte-se aos milhões de investidores que usam o app do Investing.com para ficar por dentro do mercado financeiro mundial!
Baixar Agora

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, iniciando uma tragédia humanitária. Os EUA, a Europa e outros países aliados impuseram sanções à Rússia.  E a Rússia retaliou com proibições de exportações. A guerra e as barreiras comerciais criam uma nova rodada de deslocamentos de preços nos mercados de matérias-primas, impactando os insumos. As pressões inflacionárias já provocaram nas commodities uma espécie de “corrida de revezamento” de alta, que iniciou em 2020 e teve continuidade em 2021 e nos primeiros meses de 2022.  A guerra só turbinou a valorização dos preços em vários mercados de matérias-primas.