Petrobras – Brent e Câmbio

 | 27.07.2016 10:56

A Petrobras já quase duplicou o preço neste ano. O clima econômico no Brasil ainda continua muito delicado, entretanto, o Real Brasileiro subiu 21% este ano frente ao Dólar, o melhor rendimento entre as principais moedas globais. Um Real barato no final do ano passado, oferecia possibilidades de recuperação e o impeachment da Dilma parece ter melhorado a confiança dos investidores. Alguns fatores globais macroeconômicos, como a demora na subida dos juros por parte da FED e a rentabilidade negativa em muitos títulos soberanos do mundo, ajudaram a atrair capitais novamente ao Brasil (juros de aproximadamente 13%) apoiando, desta forma, a moeda.

A fortaleza do Real e a chegada de capital, mais do que uma leve melhoria nos preços do petróleo, oferecem duas repercussões muito positivas para a Petrobrás: a) diminuir o valor da sua dívida em Reais, b) diminuir custos de financiamento.

Situação da dívida e a sua denominação em dólares

A Petrobras é a empresa petrolífera cotada na bolsa com a maior dívida. Nos seus resultados do primeiro trimestre do ano 2016, marcou a sua dívida total em 444 milhões de Reais, uns 120 bilhões de dólares, a maior parte emitida na moeda dos Estados Unidos. Quase uma quinta parte desta dívida expira antes de acabar o ano 2017. A Petrobrás vive sob pressão de poder vender ativos para reduzir esta dívida e gerar dinheiro para poder cumprir com os seus pagamentos, assim, qualquer oportunidade de refinanciamento desta dívida supõe, no melhor dos casos, uma recuperação de fôlego para o valor. No 7 de julho a empresa anunciou uma emissão de títulos de 3 bilhões de dólares. A melhoria nas taxas (8.375% julho 16 v.s. 8.625% maio 16, para títulos a 5 anos) fez com que o valor subisse quase um 5% depois desta notícia.

Cotização PBR (ADR) em USD a 3 meses