Petróleo Impulsiona Bolsas; Dados da China Pesam Sobre Mineradoras

 | 09.05.2016 07:14

ÁSIA: As bolsas da Ásia fecharam sem direção nesta segunda-feira, com investidores digerindo números mais fracos da balança comercial da China, ponderando expectativas de aumento das taxas de juros pelo FED, após o relatório de empregos do país mostrar uma queda no número de contratação de trabalhadores (isso é bom para compras de ativos mais arriscados) e também avaliação da alta nos preços do petróleo, devido interrupções de fornecimento no Canadá em meio a saída surpresa do ministro do petróleo da Arábia Saudita, Ali al-Naimi.

Na Austrália, o S&P/ASX 200 index fechou em alta de 0,54%, em 5,320.7 pontos, após oscilar entre ganhos e perdas no início da sessão. O subíndice de materiais caiu 0,56%, mas os de energia e finanças subiram 1,18 e 0,63%, respectivamente.

Mercados da China Continental recuaram após o porta-voz do Partido Comunista informar que a economia do país se encaminha para uma recuperação "em forma de L" ao invés de "V" ou "U", alimentando preocupações entre os investidores de que o crescimento na segunda maior economia do mundo vai moderar ainda mais. Uma recuperação em forma de L refere-se a quedas de referências econômicas importantes como emprego, PIB e produção industrial, seguido por um longo período de estabilidade ou estagnação.

Ainda nesta segunda-feira, uma fonte anônima no Diário do Povo também advertiu que a China não deve apoiar o crescimento através de alavancagem adicional. O Shanghai Composite fechou em baixa de 2,76%, em 2,832.91 pontos, enquanto o Shenzhen Comoposite terminou a sessão em baixa de 3,59%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em alta de 0,23%. O Shanghai Composite caiu em quatro das últimas cinco semanas, perdendo 2,8% somente na sexta-feira.

Os investidores na região também analisaram dados mostrando que as exportações chinesas em abril caíram 1,8% em dólares, em relação ao ano anterior, revertendo o aumento de 11,5% em março, enquanto as importações caíram 10,9% e as reservas cambiais da China cresceram pelo segundo mês consecutivo em abril, de US$ 7,090 bilhões para US$ 3,220 trilhões.

No Japão, Nikkei terminou a sessão em alta de 0,68%, em 16,216.03 pontos, com o iene enfraquecendo ligeiramente, com o par dólar/yen sendo negociado a 107,52. Um iene mais fraco é favorável para os exportadores japoneses, porque torna os seus produtos mais baratos para compradores no exterior. A ata do Banco do Japão, divulgada na segunda-feira, mostrou que as autoridades de política monetária concordaram que a economia estava se recuperando, mas alguns alertaram para o sentimento de consumo interno mais fraco e lançou dúvidas sobre a eficácia das taxas de juros negativas.

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Do outro lado do estreito da Coreia, o Kospi caiu 0,45% depois de ficar fechado na quinta e sexta-feira devido a um feriado.

Os preços do petróleo subiram na Ásia, com incêndios florestais no Canadá afetando a produção do país no fim de semana e com a demissão do ministro do Petróleo da Arábia Saudita, Ali al-Naimi, uma das figuras mais poderosas do setor no mundo e substituído por Khalid al-Falih, da companhia estatal petrolífera Saudi Aramco. O posto saudita como o maior fornecedor de petróleo bruto para a Ásia está perto de ser perdido, mas ainda assim, analistas consideram que o posicionamento do reino de não congelar a produção, num esforço para manter a participação de mercado, deve continuar, mas sinaliza uma "nova era" para os mercados de petróleo bruto e parece ser uma reafirmação da política saudita para permitir que o óleo defina seu próprio preço.

Produtores de petróleo australianos fecharam em alta, com Santos subindo 1,7 e Origin Energy ganhando 2,36%, mas ações da Petrochina, listadas em Hong Kong caíram 0,19% e ações da China Oilfield, listadas no continente, caíram 2,61%.

Os principais produtores de recursos caíram, apesar de terem começado o dia em alta, com os futuros do aço e minério de ferro na Bolsa de Mercadorias de Dalian despencando, revertendo a especulação de estabilização no mês passado. Rio Tinto (LON:RIO) perdeu 2,12%, enquanto BHP Billiton recuou 0,27% e Fortescue Metals caiu 2,25%. Na China, Baoshan Steel caiu 4,62%, Baotou Steel despencou 5,69% e Aluminium Corp of China caiu 4,41%.

EUROPA: As bolsas europeias sobem em meio a uma recuperação nos preços do petróleo e com os investidores esperando que o Federal Reserve mantenha as taxas de juros inalteradas em junho, compensando preocupações de uma nova desaceleração na China. O índice Stoxx Europe 600 sobe 1,27%, recuperando das fortes perdas na semana passada, quando registrou uma queda semanal de 2,9% na sexta-feira (06/05), a maior desde fevereiro, após uma mescla de balanços das empresas e alta do euro.

O rali nos preços do petróleo também ajuda a melhorar o humor do investidor na Europa. O petróleo bruto avança, com a expansão dos incêndios florestais no Canadá atingindo a produção do país e com a demissão inesperada do ministro da Arábia Saudita. A espanhola Repsol (MC:REP) sobe 0,57% e a italiana Eni avança 0,6%. Tullow Oil (LON:TLW) sobe 4% após Barclays (LON:BARC) elevou sua meta de preço. Em sentido contrário, a empresa petrolífera francesa Total recua após anunciar planos para comprar a fabricante de baterias Saft por 36,5 euros por ação, valorizando a empresa em 950 milhões de euros, enquanto Royal Dutch Shell cai após a empresa ser forçada a evacuar o pessoal nas instalações na região do Delta do Níger em meio a temores de ataques de grupos militantes, mas as operações continuam.

No Reino Unido, o FTSE 100 sobe, a caminho para a terceira sessão consecutiva de ganhos. Entre as altas, EasyJet sobe 2,59% após RBC Capital Markets elevar as ações a cia aérea de “underperform” para “outperform”, de acordo com a Dow Jones Newswires, no entanto, empresas de mineração pesam sobre o FTSE após dados de exportação e importação chineses renovarem temores com o crescimento na segunda maior economia do mundo. As exportações caíram 1,8% em abril, enquanto as importações caíram 10,9%. Os dados sugerem que a demanda global por produtos chineses deverá diminuir e que a economia doméstica está abrandando. Anglo American (LON:AAL) despencam 5,45%, Glencore (LON:GLEN) cai 3,81%, Rio Tinto recua 3,84% e BHP Billiton cai 2,18%, após acordo com autoridades brasileiras sobre o acidente na barragem da Samarco em Novembro.

A libra GBP/USD, cai para US$ 1,4385, em comparação com US$ 1,4427 na sexta-feira em Nova York, depois de relatos de que o Banco da Inglaterra está se preparando para cortar as taxas de juros se os votos do Reino Unido para deixar a União Europeia vencerem no chamado referendo Brexit em junho. O BOE anuncia sua mais recente decisão da taxa na quinta-feira (12/05) e é esperado a manutenção de sua taxa básica de juros em uma baixa recorde de 0,5% onde está desde março de 2009.

A Grécia voltou ao centro das atenções dos investidores após o parlamento do país votar no domingo a favor de reformas previdenciárias e tributárias, provocando protestos em Atenas e Salónica. Os ministros de finanças do Eurogrupo reúnem-se em Bruxelas nesta segunda-feira para discutir o programa de resgate da Grécia e possivelmente lançar discussão sobre o alívio da dívida para o país endividado. Comentaristas dizem que a Grécia está indo na direção certa e finalmente, algum progresso material tem sido alcançado e que a Grécia deve receber outro empréstimo em julho, quando deverá fazer um pagamento de € 2,2 bilhões para o Banco Central Europeu. O Athex Composite Index sobe 0,97%.

OURO: Os preços do ouro caem nesta segunda-feira, enquanto o dólar encontrou forças em relação ao iene. Ouro para entrega em junho caiu 1,10%, para US$ 1,281.40 a onça, após criação de empregos nos EUA mais fracos do que o esperado na sexta-feira desencadeando ganhos para os preços do ouro que subiram 1,7% na sexta-feira, pois as taxas de juros mais baixas tendem a pressionar o dólar e impulsionar ativos denominados em dólares, tais como o ouro.

Enquanto isso, a prata para entrega em julho cai 0,67%, para US$ 17,42 a onça. A prata caiu 1,2% na sexta-feira (06/05). O cobre de alto teor com entrega para julho cai 1,49% após dados de comércio China.

AGENDA DO INVESTIDOR: EUA
11h00 - Labor Market Conditions Index (compilação de vários dados de trabalho em uma única leitura, a fim de dar uma melhor visão do mercado);

ÍNDICES MUNDIAIS - 7h00:

ÁSIA
Nikkei: +0,68%
Austrália: +0,54%
Xangai Composite: -2,76%
Hong Kong: +0,23%

EUROPA
Frankfurt - Dax: +0,94%
London - FTSE: +0,66%
Paris CAC 40: +1,36%
Madrid IBEX: +1,42%
FTSE MIB: +0,12%

COMMODITIES
BRENT: +1,81%
WTI: +2,26%
OURO: -1,24%
COBRE: -1,53%
SOJA: +0,27%
ALGODÃO: +0,11%
MILHO: +0,53%

ÍNDICES FUTUROS
Dow: +0,28%
SP500: +0,29%
NASDAQ: +0,32%

Observação: Este material é um dados desse relatório .

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