Por Que Eu Acho Uma Boa Ideia Apostar em Ações do Varejo de Moda Agora?

 | 27.05.2021 14:18

Em minha opinião, no momento faz sentido ter uma exposição, ainda que pequena, em casos de varejo que se beneficiarão claramente com a reabertura da economia no pós-covid, como é o caso das empresas que tem boa parte de vendas em lojas físicas.

Na carteira recomendada na série da Empiricus sob minha autoria, tenho feito esta adequação nos últimos tempos no portfólio sugerido de ações. 

As minhas preferidas são aquelas empresas do vestuário de moda, após a população passar boa parte dos últimos dois anos trabalhando no home office de pijama e, com o livre acesso à geladeira, engordando.

Brincadeiras à parte, é normal que as pessoas invistam mais em vestuário se estão indo a eventos, ao escritório, participando de reuniões presenciais, indo a festas e outros encontros sociais que nos foram privados nos últimos muitos meses. 

Além disso, acredito que algumas empresas do setor de varejo de moda estão propensas a eventuais aquisições e a uma consolidação do setor.

Sabemos que a Lojas Renner (SA:LREN3) realizou uma capitalização, por meio da qual captou R$ 3,98 bilhões, que poderão ser utilizados para aquisições.

As ações de varejistas caíram muito na pandemia, sem que ainda tenham se recuperado, o que eu considero abrir um ponto de compra dos papéis e uma oportunidade para aqueles investidores com horizonte de longo prazo que queiram se expor neste setor.

A Marisa (SA:AMAR3) atualmente negocia a um valor de mercado de apenas R$ 1,6 bilhão, enquanto o da C&A (SA:CEAB3) é de R$ 4,2 bilhões, o da Lojas Renner é de R$ 39,5 bilhões e a Riachuelo/Guararapes (SA:GUAR3) tem valor de R$ 9,2 bilhões em Bolsa.

Ao observar estes valores de mercado, e comparando-os com o que já valeram estas empresas, acredito que algumas empresas negociam a patamares de valor de mercado bastante convidativos, não apenas para investidores em ações, mas também para serem alvos de eventuais fusões e aquisições.

A capitalização da Renner veio na esteira de uma proposta de compra da Hering (SA:HGTX3), hoje com valor de mercado de R$ 4,7 bilhões, pelo Grupo Soma (SA:SOMA3), que vale R$ 6,5 bilhões, após a proposta de aquisição feita pela Arezzo (SA:ARZZ3) ter sido rejeitada pela Hering.

As ações da Hering valorizaram-se nada menos que 70% com o anúncio de sua compra pelo Grupo Soma, dono das marcas Animale e Farm, entre outras, precificando muito bem o seu negócio, que saltou de R$ 17 por ação para os atuais R$ 29. Veja no gráfico abaixo:

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