Por que os Investidores de Grãos Devem Acompanhar o Spread de Preços Milho-Soja

 | 14.01.2022 13:15

Este artigo foi escrito exclusivamente para o Investing.com

  • Produtores agrícolas dos EUA estão planejando a safra de 2022
  • Custos dos insumos aumentaram drasticamente
  • Produtores terão que decidir: milho ou soja?
  • Decisão sobre culturas leva em consideração maior potencial de retorno

Cada ano é uma nova aventura para as culturas agrícolas que alimentam e, cada vez mais, geram energia no mundo. O milho e a soja são produtos alimentícios e energéticos, e os Estados Unidos são os maiores produtores e exportadores da semente oleaginosa e do grão.  Estamos nos aproximando da estação de plantação de 2022, que começa em março e abril, quando os produtores decidem quais culturas irão plantar em suas terras. E, para muitos deles, o milho e a soja são culturas intercambiáveis.

A relação milho-soja representa a relação de preços entre os dois cultivos. Ao se dividir o preço do contrato futuro de soja para novembro pelo preço do contrato futuro do milho para dezembro, obtém-se essa relação, à medida que a safra de 2022 se aproxima. No início de janeiro, os produtores agrícolas dos EUA estavam acompanhando essa relação de preços e podem inclusive se proteger do risco de cotação com base no nível de spread.

h2 Produtores americanos acompanham a nevasca deste mês/h2

Os últimos dois anos foram de alta para a soja e o milho no mercado futuro. Muito embora o grão tenha registrado um ganho de apenas 1,03% em 2021, a semente oleaginosa futura subiu 39,48% em 2020. Já o milho futuro subiu 24,82% em 2020 e acumulou um ganho de 22,57% em 2021.

Em 2021, os preços da semente oleaginosa e do grão grosso atingiram máximas plurianuais.