Previsões para o S&P 500 em 2024: Analistas conseguirão acertar desta vez?
Investing.com | 11.12.2023 09:21
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Os analistas já iniciaram a tradicional rodada de projeções para o S&P 500 em 2024, mas o histórico indica que as estimativas costumam ficar distantes do que acontece de fato.
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Neste artigo, vamos analisar como um avanço de +20% ou mais no S&P 500 em 2023 poderia afetar o desempenho do índice no ano seguinte, considerando que em 65% dos casos há uma continuidade da tendência de alta.
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O cenário atual do mercado, marcado por mudanças na liderança entre os setores e uma maior diversificação dos papéis que participam da valorização, aponta para uma manutenção do ritmo e um forte potencial de ganhos no S&P 500.
É chegada a época do ano em que os analistas se arriscam a prever o comportamento do índice S&P 500 em 2024, recorrendo a “bolas de cristal” e definindo alvos. Como de costume, essas previsões tendem a se desviar da realidade e, por isso, têm pouca credibilidade.
Um exemplo disso é o Goldman Sachs (NYSE:GS), que errou feio em anos decisivos, como 2000 e 2008. Lembrando sua postura excessivamente otimista, os analistas do banco traçaram um alvo ambicioso de 5100 pontos para o S&P 500 até o final de 2022.
Eles previram que 2023 seria um ano de transição, com uma meta modesta de 4000 pontos. Porém, a realidade mostrou-se bem diferente.
O exercício de estabelecer alvos — que é basicamente o que é, diante da dificuldade inerente de fazer previsões acuradas — tornou-se uma tradição anual entre os analistas. Sendo assim, apresentamos aqui o primeiro sinal otimista para 2024.
O que esperar de 2024?/h2
A verdade é que ninguém sabe o que vai acontecer, como deve ser, mas podemos fazer conjecturas razoáveis com base nos dados que dispomos. Analisar os retornos históricos do mercado de ações pode nos dar uma pista, claro, isso não nos permite antecipar o futuro, mas ajuda a compreender melhor o desempenho em determinadas situações ou objetivos alcançados.
Desde 1928 até hoje, ocorreram 34 anos em que o S&P 500 subiu 20% ou mais, enquanto se considerarmos as baixas totais, os anos se reduzem para 26. Isso significa que o mercado de ações registrou fortes altas (+20%) em mais de 30% em relação às baixas, e a perda média foi de cerca de 13% (em anos de baixa). Mais especificamente, se o S&P 500 encerrar 2023 com +20% ou mais, vejamos como as ações se comportaram (historicamente) no ano seguinte:
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Nos 34 anos de altas de 20% ou mais, o mercado de ações também teve desempenho positivo nos 22 anos posteriores (65%), enquanto caiu nos 12 anos seguintes (35%) e o retorno total médio no ano seguinte (ao longo dos 34 anos) foi de 8,9%.
Além disso, levando em conta apenas os anos posteriores positivos, o retorno médio foi de +18,8%, enquanto nos anos negativos a queda média foi de -9,1%. Por fim, houve apenas 2 anos com baixas de dois dígitos, 1937 e 2022.
Atualmente, o S&P 500 está próximo de +20%. Veremos se o rali de Natal se concretizará ou não.
Enquanto isso, como todos sabem, os atrasados de 2022 deste ano se tornaram os novos líderes, mas nas últimas semanas as coisas estão mudando, estamos vendo uma inversão em ações industriais, financeiras e de pequena capitalização.
Observando o gráfico, as fortes tendências de mais de um ano estão mudando, e isso pode ser o impulso que o mercado precisa para alimentar o rali do novo ano. Confirmando a tendência, segundo dados do Goldman Sachs, os fundos de hedge têm vendido as “7 Magníficas” nas últimas semanas, migrando para outras ações:
Além disso, as 80 ações, que representam 16% do S&P 500, atingiram suas máximas de 52 semanas. Isso serve como um sinal adicional de alta, indicando que um maior número de ações (além das “7 Magníficas”) participando da valorização contribui para um impulso ascendente mais sustentado a longo prazo. Com isso, as 493 ações que compõem o S&P 500 podem desempenhar um papel na impulsionar o rali para novos recordes históricos.
Conclusão/h2
De acordo com a BofA (NYSE:BAC), apenas 24% das ações estão próximas de seus recordes históricos (-10%), e isso é menor do que a média histórica de 28% e os picos anteriores do índice. Assim, representa um sinal claro de que não estamos perto de nenhum pico no S&P 500 e que ainda pode haver um potencial significativo de alta nos próximos meses.
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