Principais ações que desafiam a gravidade durante desacelerações econômicas

 | 29.05.2023 15:52

  • Crescem as chances de a economia dos EUA entrar em recessão.
  • Independente da direção que a economia americana venha a tomar, os investidores fariam bem em adicionar ações resistentes a recessões em seus portfólios.
  • Neste artigo, discutiremos ações que tiveram ganhos de dois dígitos nas últimas 5 recessões econômicas.
  • De acordo com a FactSet, cerca de 95% das empresas listadas no S&P 500 já divulgaram seus resultados, e 78% delas superaram as expectativas de mercado.

    Os lucros estão 2,2% abaixo dos registrados no primeiro trimestre do ano passado, mas isso é muito melhor do que a queda de 6,6% que era esperada. Além disso, todos os 11 setores tiveram desempenho melhor do que o esperado, com destaque para Tecnologia.

    Isso é positivo, mas precisamos tratar do “elefante na sala”: a possibilidade de uma recessão.

    Uma recessão é uma mudança negativa no produto interno bruto (PIB) por dois trimestres consecutivos. As causas estão ligadas à flutuação da inflação, que restringe o poder aquisitivo das famílias.

    No entanto, não é a mesma coisa que uma crise econômica. Trata-se de um período prolongado de instabilidade que tem consequências no longo prazo.

    A economia passa por uma queda significativa, que pode ser considerada o ponto intermediário entre uma recessão e uma depressão econômica.

    E por que estou dizendo que há uma alta probabilidade de recessão econômica nos EUA?

    Porque uma das ferramentas mais confiáveis usadas pelo Federal Reserve de Nova York, que analisa a diferença entre as taxas dos títulos do Tesouro de 3 meses e 10 anos para prever a probabilidade de uma recessão nos Estados Unidos nos próximos 12 meses, sinaliza nesse sentido.

    Recentemente, os títulos a 3 meses e a 10 anos tiveram a maior inversão da curva de juros em mais de 40 anos. Nos últimos 57 anos, houve 8 ocasiões em que o indicador de recessão do Federal Reserve de Nova York ultrapassou 40%.

    Nesse período, ele nunca errou e, no momento, sugere uma probabilidade de recessão de 68,22%, o nível mais alto em 42 anos.