Principais Eventos do Pregão

 | 20.08.2018 11:23

Pesquisas definem a semana.

  1. Teremos a divulgação de três pesquisas na semana e elas devem definir o novo patamar dos preços para o Ibovespa e para o dólar. Se confirmada a tese de que Lula consegue transferir votos para Haddad, a ponto de levá-lo ao segundo turno, o nível atual do mercado deve sofrer um significativo ajuste, posto que ele estava mais inclinado a precificar Geraldo Alckmin. Ainda que parte desse movimento já tenha sido antecipado, com a queda da bolsa dos 82 mil para o patamar atual, de 76 mil, a confirmação de uma saída definitiva do tucano do segundo turno ainda pode render uma boa onda de pessimismo. As contas deverão incluir, além das chances de ida ao segundo turno, de vitória em confronto direto. Supondo que Bolsonaro tenha chance maior de ganhar que Haddad (60% x 40%), e que o Ibovespa pode ir a 90 mil pontos em sua vitória e a 60 mil na vitória do petista, o Ibovespa valeria algo como 78 mil pontos. Já o dólar teria um pouco mais de prêmio a buscar, perto dos R$ 4,28 / R$ 4,30. Em um cenário inverso, de 40% x 60%, o Ibovespa deveria buscar algo como 72 mil pontos e o dólar R$ 4,50.
  2. O aumento da volatilidade, porém, é algo que deve acontecer, independentemente da evolução desses dois candidatos. Estamos no último terço do mês, e a campanha eleitoral deve aumentar de temperatura.
  3. A semana terá a dominância das eleições sobre todos outros temas, ainda que tenhamos indicadores importantes como o IPCA-15, o CAGED de julho e a arrecadação federal. A economia a dar sinais de que se recuperou do tombo da greve dos caminhoneiros para assumir uma trajetória de crescimento muito baixo e inflação novamente abaixo da meta.
  4. No exterior, os mercados estão vivendo mais uma trégua, por conta de um final de semana sem a tuitadas do presidente Trump. Passou a valer a expectativa de um encontro entre os funcionários dos governos dos EUA e da China no final do mês. As bolsas estão em alta, as moedas se valorizam em relação ao dólar e as commodities, à exceção do petróleo, estão em alta.
  5. Na abertura os juros para jan/21 subiam 7 pontos (9,32%) e os para jan/27 pontos (12,10%). A aversão ao risco em relação ao Brasil deve manter a curva mais pressionada, após semanas de queda dos prêmios.

ESTIMATIVAS: