Privatização do Banco do Brasil

 | 02.06.2020 07:05

No texto de hoje vou falar sobre a possibilidade de privatização do Banco do Brasil (SA:BBAS3), a minha opinião sobre o assunto e o impacto no preço das ações do banco estatal.

“Tem que vender essa p... logo”

O famoso vídeo da reunião ministerial divulgado no dia 22 de maio (penúltima sexta-feira) teve como destaque a frase proferida pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a privatização do Banco do Brasil: “tem que vender logo, o Banco do Brasil está pronto para ser vendido”. O vídeo foi divulgado quando o mercado já havia praticamente encerrado suas atividades da semana. Porém, no pregão seguinte, na segunda-feira (25 de maio), imediatamente, as ações do Banco do Brasil tiveram alta de 10,5 por cento, repercutindo a frase do Paulo Guedes.

Muitos leitores, clientes e seguidores da Levante perguntaram: “E agora? Sai mesmo a privatização do BB? Qual o impacto disso no preço das ações?

“Não quer pressão, vai trabalhar no Banco do Brasil”

A frase acima é do técnico Luiz Felipe Scolari, quando se tornou novamente técnico da Seleção Brasileira em 2012. Jogadores e técnico da Seleção vivem sob intensa pressão no cargo mais desejado do futebol brasileiro. O Felipão foi tanto o técnico do Penta em 2002 quanto o do 7x1 para a Alemanha em 2014, então tenho uma certa reserva com os seus métodos de trabalho, mas nessa ele acertou em cheio.

O Banco do Brasil entregou um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de apenas 8,8 por cento em 2016. Foi o auge da crise econômica, com queda acumulada no Produto Interno Bruto (PIB) em 2015/2016, muito abaixo dos principais bancos privados do país: Bradesco (SA:BBDC4) com ROE de 17,6 por cento e Itaú Unibanco (SA:ITUB4) com ROE’s de 20,1 por cento).