Proximidade do Brexit e Governo de Trump Pesam sobre as Bolsas Mundiais

 | 17.01.2017 07:41

ÁSIA: Os mercados asiáticos terminaram de forma mista nesta terça-feira, com investidores cautelosos antes do discurso da primeira-ministra britânica, Theresa May, que deve falar sobre o Brexit, esboçar planos para o Reino Unido sair da União Europeia. Além disso isso, as incertezas políticas crescentes, como as próximas eleições na França e na Alemanha, bem como a imprevisibilidade de Trump, que terá o início de seu governo ainda nesta semana, pesaram sobre papeis em toda a região, particularmente no setor bancário.

No Japão, o Nikkei fechou em baixa de 1,48%, depois de oscilar entre perdas e ganhos durante toda a sessão. O iene ganhou terreno em relação ao dólar, chegando a 113,32, ante níveis de 116 na semana anterior. A relativa força da moeda manteve os principais exportadores japoneses sob pressão. Destaque para a queda das ações das montadoras e fabricante de eletrônicos. Entre as ações bancárias no Japão, Sumitomo Mitsui caiu 1,36%, Mizuho caiu 1,61% e Mitsubishi UFJ recuou 1,54%, seguindo o declínio nos stocks de seus homólogos europeus com preocupações sobre o Brexit.​

Do outro lado do Estreito Coreano, o Kospi da Coreia do Sul subiu 0,37%. O Tribunal Distrital Central de Seul deve realizar uma audiência na quarta-feira de manhã para decidir se vai aprovar um mandado de prisão para o chefe da Samsung Group, Jay Y. Lee, depois que promotores especiais da Coreia do Sul acusaram-no de pagar milhões de dólares em suborno a um amigo da presidente Park Geun-hye. ​Entre as ações do grupo Samsung, Samsung Eletronics subiu 0,8%, Samsung SDI avançou 0,4%, enquanto Samsung C & T caiu 2% e Samsung Engineering despencou 4%.​

Na Austrália, o S&P/ASX 200 caiu 0,85%, com a maioria dos setores registrando um fechamento negativo. O setor financeiro caiu 0,97%, com os grandes bancos em baixa. Entre as mineradora australiana, Rio Tinto (LON:RIO) divulgou os resultados de produção de 2016 e forneceu metas para 2017. As remessas de minério de ferro de Pilbara chegaram a 327,6 milhões de toneladas em 2016, em linha com a expectativa e cerca de 3% acima dos números de 2015. Para 2017, a Rio Tinto espera que os embarques de Pilbara estejam entre 330 e 340 milhões de toneladas. A produção de cobre em 2016 subiu 4% em relação ao ano passado, mas ficou abaixo das expectativas. As ações da Rio Tinto caíram 0,82%. Outros produtores de recursos também caíram. BHP Billiton caiu 0,22% e Fortescue recuou 3,31%.

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Enquanto isso, o Brent, o valor de referência internacional do petróleo, caiu 0,3% para US $ 55,78 o barril durante o horário do pregão asiático, antes de dados cruciais desta semana que poderia mostrar se os cortes anunciados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo funcionaram. Khalid Al-Falih, ministro saudita de Energia e da Indústria, disse na segunda-feira que esses cortes podem não ser necessários para a metade do ano em alusão de que o mercado já estava voltando ao equilíbrio em 2016.

Ações de gigantes petrolíferas chinesas negociadas em Hong Kong fecharam em alta. Sinopec subiu 0,60%, Cnooc avançou 0,31%, enquanto a PetroChina fechou em alta de 0,35%, ajudando os mercados da China a fecharem em alta. Shanghai Composite fechou em alta de 0,17% e o Shenzhen Composite avançou 1,16%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em alta de 0,54%. ​

Nos EUA, os mercados permaneceram fechados na segunda-feira para um feriado, mas analistas disseram que os recentes comentários de Donald Trump fizeram pouco para aliviar as preocupações do mercado, em particular sobre o futuro das relações sino americanas. Ele disse que sua adesão à política de "One China" depende do progresso da China sobre questões sobre comércio, destacando a sensibilidade de Pequim às questões comerciais e seus comentários "não foram vistos como propícios a aliviar a tensão entre os dois países".

O presidente chinês, Xi Jinping, deve falar em Davos nesta terça-feira e os investidores vão se atentar aos comentários sobre as recentes tensões sobre comércio e geopolítica.

EUROPA: Os mercados da Europa abriram em baixa na manhã desta terça-feira, com investidores esperando o discurso da primeira-ministra britânica Theresa May sobre os planos do Brexit.​ O pan europeu Stoxx 600 cai 0,2% com a maioria dos setores em território negativo.

Entre as notícias corporativas, a potencial compra da italiana Mediaset pela empresa pela francesa Vivendi (PA:VIV) pode estar em risco. De acordo com a imprensa italiana, autoridades reguladoras da Itália acham que a aquisição não é "judicialmente aceitável". A Mediaset cai mais de 4%. Casino, grupo varejista francesa, disse que seus lucros bateram a sua meta de 2016, mas as suas ações recuam. A Renault disse que suas vendas aumentaram mais de 13% em 2016 e espera um crescimento contínuo ao longo dos próximos meses na Europa e nos mercados internacionais. Suas ações operam em ligeira baixa no início de negociação.

No Reino Unido, o FTSE 100 opera em baixa após cair 0,2% na segunda-feira, quando interrompeu uma sequência de 14 dias de alta, com investidores lidando com a probabilidade do Reino Unido anuncie um "Hard Brexit", que consiste em algo próximo de uma ruptura total com a UE: o Reino Unido deixaria o mercado comum, a união aduaneira e passaria a negociar com o bloco como qualquer outro país de fora da Europa. Em contrapartida, sairia totalmente da zona de livre-trânsito​. Em um discurso mais tarde, é esperado que a primeira-ministra britânica, anuncie doze prioridades para a saída do Reino Unido da União Europeia e que o Reino Unido não quer uma "adesão parcial" na União Europeia.

A queda de segunda-feira também marcou a quebra uma sequência de 12 máximas consecutivos de fechamento de todos os tempos. Esses relatórios também pesaram sobre a libra, que caiu mais de 1% em relação ao dólar e mais de 2% contra o iene​ na segunda-feira. Na terça-feira, a libra segue comprando US$ 1,2137, acima de US$ 1,2046 da tarde de segunda-feira em New York e paira próximo de uma baixa de três meses.

Reynolds American anunciou nesta terça-feira um acordo de fusão com a British American Tobacco (LON:BATS). Segundo a Reuters, a British American Tobacco comprará 57,8% da Reynolds por US $ 59,64 por ação. Suas ações sobem 1% no pré-market. Rolls Royce salta mais de 7% e figura entre os melhores desempenhos na manhã após a fabricante de motores aeroespaciais britânica dizer que chegou a um acordo sobre uma investigação de suborno e apresentar lucros em 2016 superiores aos esperados.

Stocks de recursos básicos pesam sobre o benchmark de Londres. A mineradora Rio Tinto manteve sua meta de 330 milhões a 340 milhões de toneladas para 2017. Suas ações caem mais de 1,2%.​​​

AGENDA DO INVESTIDOR EUA:
11h30 - NY Empire State Manufacturing Index (mede a atividade manufatureira no estado de Nova York);​
13h00 - Discurso do Secretário do Tesouro dos EUA Jack Lew;​

ÍNDICES FUTUROS - 7h30:
Dow: -0,34%
SP500: -0,40%
NASDAQ: -0,32%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.

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