ETF Central | 01.02.2023 13:41
A economia da China enfrentou dificuldades no ano passado, diante das rígidas medidas de combate à pandemia e dos problemas ocorridos no mercado imobiliário local. Isso acabou pesando sobre as ações do país, com o fundo iShares MSCI China (NASDAQ:MCHI), um ETF que investe em 631 grandes e médias empresas do país, desvalorizando-se cerca de 41% em 2022, em comparação com a queda de 19% do S&P 500 no mesmo intervalo.
No entanto, as autoridades chinesas finalmente parecem ter abandonado as políticas de Covid zero, o que deve ajudar a promover as expectativas de crescimento, o que explica em parte o “minirrali” dos últimos dois meses.
h2 ETFs com exposição à China apresentaram bom desempenho ultimamente/h2Após um ano terrível em 2022, os seguintes ETFs de ações chinesas se recuperaram forte desde as mínimas de outubro:
O otimismo com a recuperação se firmou com os investidores vendo um caminho claro para o fim dos bloqueios sanitários e seu consequente impacto na economia chinesa. Embora possa haver uma alta de casos de Covid após o fim de algumas restrições, especialmente diante do aumento das viagens pelo país durante a temporada de feriados do Ano-Novo Chinês, o resto do mundo já viu como isso se desenrola: ocorre um aumento inicial das infecções, que logo é neutralizado com a imunidade de rebanho.
h2 Razões para o bom desempenho dos ETFs da China/h2A maior parte desse bom desempenho deve-se ao otimismo dos investidores que estão apostando na reabertura em toda a China, o que impulsionará sua grande economia. Ainda que o percurso seja acidentado, os investidores parecem dispostos a ignorar a volatilidade no curto prazo associada a dois fatores-chave:
De forma geral, o fim das políticas de Covid zero marca um ponto de virada para o país, na medida em que mais de dois anos de restrições acabaram prejudicando significativamente a perspectiva de crescimento do país.
h2 Perspectiva para 2023/h2Diversos setores da economia chinesa podem registrar uma virada positiva em 2023, entre os quais se destacam:
Todos esses fatores apontam para a continuidade do bom desempenho das ações chinesas.
h2 3 ETFs para ficar de olho na reabertura da China/h2Destacamos anteriormente três ETFs que tiveram bom desempenho desde as mínimas de outubro. Dependendo da sua tolerância ao risco, os três fundos oferecem uma forma conveniente de ter exposição à (lenta) reabertura da segunda maior economia do mundo.
h3 1. iShares MSCI China (MCHI)/h3Esse ETF da BlackRock (NYSE:BLK) fornece exposição a 631 empresas de grande e média capitalização com sede na China. O ETF é altamente diversificado, mas possui peso maior nos seguintes setores: consumo discricionário (31% do valor total de mercado), comunicação (19%) e serviços financeiros (15%).
O KWEB da KraneShares fornece exposição a empresas focadas no setor de internet e tecnologia da China. Esse ETF, embora tenha maior exposição a nomes mais voláteis de tecnologia, oferece potencial de alta, mas com um risco maior. Entre os principais ativos em sua carteira estão Tencent Holdings (OTC:TCEHY) (11% of market value), Alibaba LTD BDR (BVMF:BABA34)(NYSE:BABA) (10%), Meituan (HK:3690) (7%) e JD (BVMF:JDCO34)(NASDAQ:JD).com (6%).
O FXI da iShares é uma opção “mais segura" para os investidores, na medida em que oferece exposição a empresas de grande capitalização menos voláteis da China. Ele investe nas 50 maiores ações do país e também tem grande peso em consumo discricionário, serviços financeiros e comunicação.
Os números se aplicam às cotações de 18 de janeiro de 2023.
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