Quando a Sensatez se Faz Ausente

 | 10.10.2014 07:30

h2 Quando a Sensatez se Faz Ausente, Fica Difícil Explicar o Inexplicável

Movimentos bruscos, oscilações sem fundamentos, enfim um ambiente absolutamente assimétrico com a realidade da economia brasileira acaba prevalecendo no comportamento do mercado financeiro, que age como se tudo fosse possível ser resolvido no curtíssimo prazo, sem atentar que o país está suportado por “pés de barro”, ou seja, está muito fragilizado e vulnerável.

A agência Moody’s diz que a nota do Brasil depende de políticas, não de eleição.

A observação é extremamente válida se a direcionarmos para o câmbio, com o reparo complementar de que quem assumir deva ter o compromisso com a mudança das políticas, mas isto não sugere que se pense em resultados no curtíssimo/curto prazo.

Há muito que ser feito antes de se imaginar uma mudança concreta na política cambial no Brasil.

Quando tudo vai mal o câmbio é o primeiro indicador que reflete isto, sendo que no Brasil só não expressou esta realidade no preço em razão da exuberante intervenção do BC “vendendo credibilidade” para a moeda nacional através a oferta de contratos de “swaps cambiais” que atualmente representa um estoque “em ser” da ordem de US$ 100,0 Bi, contando com a parceria dos bancos que dão suporte à liquidez no mercado à vista com posições “vendidas” próximas de US$ 17,0 Bi.

Mas para ocorrer a reversão de um contexto desfavorável o câmbio então será o último a refletir a recuperação, não havendo possibilidade mínima de buscar precificar o preço com base numa expectativa futura antes que se torne efetiva e não seja somente um anseio.

Há todo um percurso longo entre o momento desfavorável e a viabilização de sua reversão, e isto sugere que antes de desmontar o “status quo” o preço do câmbio ainda deve piorar apreciando mais a moeda americana, para depois que as novas políticas demonstrem consistência de resultados e resgatem a credibilidade e atratividade do país para voltar a receber fluxos de investimentos externos em volume viabilize o desmonte da intervenção presente.

Portanto, é impossível imaginar que tudo se resolva com a mudança do gestor maior como parece acreditar o mercado financeiro, o que levará às mudanças serão as novas políticas e a ocorrência do sucesso.

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Parar com a oferta de “swaps cambiais” seria catastrófico, pois retiraria a ancora de credibilidade da moeda nacional que por si só não existe e haveria uma apreciação fortíssima da moeda americana.

O BC precisará manter está política ainda por um bom tempo, mesmo que não contenha a totalidade da pressão de alta, mas para que ocorra de forma gradual até que surjam os sinais de recuperação da economia do país e retornem os fluxos de capitais externos em grande monta que permitirão também gradualmente a reversão.

Por um bom período o BC e o mercado de câmbio ainda serão reféns do suporte dos contratos de “swaps cambiais”, não se devendo nutrir expectativa diferente mesmo que a oposição seja a vencedora.

A solução só virá com alteração das políticas do governo, e o fato do mercado financeiro acreditar que o candidato da oposição tem maior chance de fazê-lo não enseja que se traga um futuro ainda incerto como uma certeza para o presente.

No mais, predomina a especulação que torna tudo quase inexplicável neste momento, proporcionando a que poucos ganhem e muitos percam.

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